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Justiça

Comerciante acusado na morte de PM durante confronto vai a júri nesta terça-feira em Cuiabá


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O comerciante Carlos Alberto de Oliveira Júnior, de 31 anos, vai a júri nesta terça-feira (26), acusado de participação na morte do policial militar Élcio Ramos, de 29 anos, no Bairro CPA III, em Cuiabá, em agosto de 2016.

P U B L I C I D A D E

Carlos é acusado de homicídio qualificado, tentativa de homicídio (praticada contra o parceiro do PM Élcio) e posse ilegal de arma.

Apesar de não ter sido o autor dos disparos que mataram o policial, o Ministério Público Estadual (MPE) afirma, na denúncia feita à Justiça, que o comerciante seria o responsável por imobilizar o outro policial, facilitando para que o seu irmão, André Luiz Alves de Oliveira, de 27 anos, atirasse contra a vítima.

O comerciante chegou a ser preso, na época do crime, e ganhou a liberdade provisória em dezembro 2017, mediante o uso de tornozeleira eletrônica.

Confronto terminou em morte dentro de residência no Bairro CPA III, em Cuiabá (Foto: Reprodução/TVCA)

Confronto terminou em morte dentro de residência no Bairro CPA III, em Cuiabá (Foto: Reprodução/TVCA)

Denúncia

Consta na denúncia do MP que os policiais militares Élcio Ramos e Wanderson José Saraiva foram até à casa dos irmãos porque apuravam uma suposta comercialização ilegal de armas de fogo na região do CPA. Os dois PMs eram lotados no setor de inteligência do 24ª Batalhão da Polícia Militar, no Bairro São João Del Rey.

Segundo a denúncia, os irmãos estariam oferecendo para venda, em grupos do WhatsApp, um revólver calibre 38. Na época, a família deles negou o comércio ilegal de armas e afirmou, durante as investigações, que os policiais tentavam extorquir os dois.

No dia do caso, os policiais marcaram um encontro com o denunciado próximo ao Terminal do CPA I, fingindo serem pessoas interessadas em comprar a arma. Em trajes civis, eles acompanharam o acusado até à casa dele, onde a arma que supostamente seria vendida estaria guardada, e uma operação foi montada para dar suporte à prisão em flagrante, caso o crime fosse comprovado.

A denúncia aponta que, ao chegar na casa, o PM Saraiva teria notado uma arma na cintura do suspeito, se recusando a entrar na residência, sendo bruscamente puxado pelo comerciante.

André Luiz de Oliveira de 29 anos, seria autor de disparos que matou PM e foi morto após prisão (Foto: Reprodução/TCVA)

André Luiz de Oliveira de 29 anos, seria autor de disparos que matou PM e foi morto após prisão (Foto: Reprodução/TCVA)

Conforme o MP, nesse momento, ambos os policiais se identificaram e exigiram que Carlos Alberto se rendesse, no entanto, o suspeito teria começado a lutar com o PM Saraiva, tentando, ao mesmo tempo, sacar a arma que portava.

O irmão do comerciante, André Luiz, teria se aproximado e sacado um revólver, apontando a arma para o policial Élcio e proferindo um disparo na cabeça dele. A arma usada por ele no crime, segundo a denúncia, seria a mesma supostamente anunciada pelos irmãos na rede social.

Consta na denúncia que o parceiro do PM morto apenas conseguiu escapar da imobilização e do tiro que seria desferido pelo irmão do denunciado porque os policiais que davam apoio à operação entraram na casa.

Prisão e morte

O irmão do comerciante, André Luiz, foi morto momentos após o crime. Ele fugiu da casa após atirar contra o policial, sendo encontrado e preso pela PM na residência de um vizinho, no mesmo dia. Porém, minutos depois da prisão, ele apareceu morto.

Segundo os policiais que participaram da prisão, o jovem estaria armado e teria reagido à prisão. O corpo dele, porém, apresentava marcas de espancamento.

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