Conectado por

Economia

Com câmbio e venda da Fibria, Votorantim lucra R$ 4,4 bi no 1º tri


Compartilhe:

Publicado por

em

Beneficiado pelo efeito do câmbio nas exportações e o resultado da venda da fabricante de celulose Fibria, concluída em 14 de janeiro, a Votorantim reportou nesta sexta-feira(17) lucro líquido de R$ 4,4 bilhões no primeiro trimestre de 2019. Um ano atrás, a companhia registrou ganho de R$ 150 milhões.

P U B L I C I D A D E

Conforme comunicado da companhia, a conclusão do negócio do Fibria, fechada com o grupo Suzano, explica a variação do lucro líquido da holding Votorantim S.A., compensando menores resultados operacionais das empresas investidas.

O grupo é controlador da Votorantim Cimentos, Nexa, CBA, duas empresas de aços longos, Votorantim Energia e uma das controladoras na Citrosuco, Banco Votorantim e na holding que controla Cesp e parques eólicos.

O aumento da receita, que subiu 5%, para R$ 6,7 bilhões no trimestre, comparado com igual período de 2018, foi decorrente de vários fatores. Por exemplo, melhores resultados do negócio de cimento no Brasil e América Latina, maior volume de vendas de alumínio pela CBA e efeito da desvalorização cambial na consolidação das operações no exterior.

Segundo a companhia, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi beneficiado pelo reconhecimento de créditos tributários na Votorantim Cimentos, relativos à exclusão de ICMS sobre a base de cálculo de PIS e Cofins. O Ebitda subiu 8% no trimestre, para R$ 1,2 bilhão, ante um ano atrás.

Além disso, a Votorantim encerrou o primeiro trimestre com um corte de 17% na dívida bruta consolidada do grupo, em R$ 20,3 bilhões, ante o fim de dezembro de 2018. A diminuição, explicou a companhia, se deve ao pré-pagamento de dívidas da VSA e da Votorantim Cimentos no início do ano.

Com uma posição de caixa de R$ 10,7 bilhões, engordada pelo recebimento da venda da Fibria, a companhia fechou o trimestre com dívida líquida de R$ 10,2 bilhões, menos 17% em relação ao fim de 2018.

Por isso, a alavancagem financeira da VSA, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda anualizado, caiu de 1,91 vez no fim de dezembro para 1,46 vez. Segundo a empresa, é o menor patamar desde 2008.

“Todas as nossas empresas atingiram níveis confortáveis de alavancagem e estão preparadas para os desafios estratégicos que estão por vir”, afirma João Miranda, presidente da VSA. Sérgio Malacrida, diretor financeiro da holding, afirma que a gestão financeira continuará a ser conduzida com prudência.

Investimentos

Com um plano de retomar o aumento dos investimentos em seus negócios, no Brasil e exterior, além de olhar novas oportunidades de aquisições, a Votorantim informou que os aportes do grupo no primeiro trimestre totalizaram R$ 462 milhões. O valor representou aumento de 34% em relação ao mesmo período do ano passado.

Projetos de expansão representaram 23% do total no trimestre, sendo a grande parte — 86% — direcionado à Nexa Resources, companhia de mineração e metalurgia de zinco, cobre, chumbo, prata e ouro. Os recursos foram aplicados na mina de Vazante (MG) e início do projeto da nova mina de zinco, em Aripuanã (MT).

Aripuanã é um projeto de US$ 392 milhões que tem previsão de iniciar operação no primeiro semestre de 2021. Apenas neste ano serão investidos US$ 140 milhões, segundo informação da empresa.

Outros investimentos foram alocados para conclusão da nova linha de produção de argamassas em Cuiabá (MT), junto à fábrica de cimento, e para ampliação da capacidade de calcário agrícola da unidade de Nobres, também no Estado de Mato Grosso. As obras das duas unidades devem ficar prontas até o fim deste trimestre.

O objetivo do grupo, segundo Miranda, é retomar o patamar de investimento anual de R$ 3,5 bilhões. Com a crise do país a partir de 2015, o valor ficou abaixo de R$ 3 bilhões em dois anos.

Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Nossa webrádio parceira: dj90.com.br