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CNA estima que tabelamento do frete aumentaria custos de grãos em 152%


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Por Raphael Costa

P U B L I C I D A D E

Os ajustes nos preços de frete, anunciados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), causaram debates em diferentes setores da economia, mesmo após a revogação. Por parte de entidades ligadas ao agronegócio, a medida é vista como prejudicial à competitividade brasileira e ao preço final repassado ao consumidor.

Um dos pontos de negociação para o fim da greve dos caminhoneiros, o tabelamentos dos fretes fixa novos preços para o serviço, levando em conta fatores como quilometragem, quantidade de eixos, além de considerar as naturezas das cargas, divididas entre carga geral, a granel, frigorificada, perigosa e neogranel.

No entanto, os reflexos negativos apontados por diversos setores produtivos fizeram com que as autoridades recuassem e revogassem a decisão.

A tabela dos fretes com os preços foi publicada na quinta-feira (7) e foi mal recebida por representantes do agronegócio.

Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, a entidade sempre se posicionou contra a tabela de preços.

Fez questão de ressaltar de que o segmento de proteína animal depende fundamentalmente do transporte rodoviário e de que o modelo vigente sempre atendeu à demanda. Na visão de Santin, as consequências da adoção do novo modelo de preços para o frete seriam insustentáveis.

“Representa aumento de preços. Não tem como não ter. Aumento de preços porque é aumento de custo. Nós não sabemos, somos uma entidade que não trabalha com preços, não sei qual o preço que cada empresa cobra, mas dependendo da empresa, situação e da sua conformação de logística vai encarecer de acordo com cada caso”, afirmou ele.

Outra entidade que representa os produtores rurais e também se posicionou contrária à medida do governo foi a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em nota publicada no site oficial, a CNA alertou “que produtos como grãos chegariam a ter valores 152% mais caros, com um encarecimento de até R$ 13 mil no transporte do Mato Grosso ao Porto de Santos, principal rota para a exportação”.

O texto, assinado pelo presidente João Martins, afirma que “a tabela não consideraria a interação entre todos os atores que compõe o sistema de transporte rodoviário”.

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