Chuvas intensas atrasam plantio do milho no interior de MT e causam prejuízos aos produtores

Em dias considerados normais, o plantio do milho já deveria estar sendo feito junto com a soja, mas por causa da chuva isso não tem sido possível.

Segundo o produtor rural Júnior Malaquias, morador de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, dos 2,5 mil hectares que devem ser cultivados nesta safra, foram semeados apenas 30% até agora.

“Como a chuva está demais não tem como plantar. O plantio do milho está bem atrasado. Ele deve ser plantado até o dia 28 deste mês para ter uma colheita com garantia”, disse.

Os produtores da região afirmam que o dia começa com sol, mas logo chega a chuva e os trabalhos precisam ser suspensos.

Em outra fazenda localizada em Diamantino, a 209 km de Cuiabá, a família do produtor Gilson Antunes planejou cultivar 6 mil hectares de milho, mas até agora só plantaram a metade disso.

“Devido ao excesso de chuvas, acarretou no atraso do plantio do milho, tanto que na área vizinha estão plantando agora um milho que já era para estar com 25 dias sendo cultivado”, disse.

Provavelmente, o plantio que deveria terminar neste mês seguirá até março, conforme estimativa feita pelos produtores.

“Temos contratos a cumprir e esse milho que vai para o plantio mais tarde, ele tem queda de produção, excesso de aplicações, e às vezes a gente pode conseguir nem colher”, pontuou.

O diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho, Glauber Silveira, falou que a expectativa é que a segunda safra nacional apresente menos problemas que a primeira.

“Os especialistas estão dizendo é que essa segunda safra possa compensar as perdas da primeira, pois houve um aumento de área no Brasil. A produtividade média esperada é que saia de 4,3 toneladas que foi da safra passada e chegue perto de 5 toneladas por hectare”, disse.