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Agronegócios

China segue com espaço para importação de carnes, soja e milho, diz especialista


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O trabalho de recuperação dos plantéis de suínos na China não deve boquear o espaço para a importação por parte do gigante asiático das carnes brasileiras, nem de milho e soja, segundo o trader do Ramax Group, que trabalha na China, Gabriel de Freitas. Segundo ele, “é difícil” que o país atinja a autossuficiência desejada para a produção de carne suína, e “o país jamar estará bem abastecido no curto e no médio prazo no estoque de soja e milho”.

Freitas afirma que os recentes casos pontuais de Peste Suína Africana registrados na China não têm afetado de maneira significativa o número de suínos vivos. Entretanto, a permanência da doença na China está fazendo com que investidores fiquem temerosos em apostar suas fichas na suinocultura com o risco de perder.

“Essa falta de investimento, somada à menor demanda na ponta consumidora, algo esperado nesta época do ano, pós-feriadão de Ano Novo Chinês, está puxando os preços do suíno vivo para baixo. Mais do que isso, os valores em patamares baixos estão gerando um ‘efeito manada’ nos pequenos e médios suinocultores para venderem os suínos mais pesados e as matrizes”, disse.

A aposta do mercdo, segundo o especialista, é que entre maio e junho os preços do suíno voltem a subir no país. Sendo assim, a carne suína brasileira segue sendo bem-vinda na nação asiática, que agora está menos temerosa em adquirir carnes importadas, que passam por rigorosa inspeção para eliminar a possibilidade de contaminação por coronavírus.

No caso dos grãos, Freitas aponta que a demanda chinesa deve seguir aquecida, já que não só o plantel de suínos está sendo recuperdo, mas a produção local de frango também avançou. Mais do que isso, as safras chinesas sofreram com problemas climáticos e não serão suficientes para suprir a necessidade do país, e Freitas explica que a China deve seguir importando volumes do Brasil e dos Estados Unidos.

Ainda sobre a carne de frango, os preços locais na China subiram, de acordo com o trader, o que pode garantir melhores remunerações à proteína avícola exportada pelo Brasil. “Tanto para a carne suína quanto para a de frango, o Brasil tem a vantagem de fornecer em quantidade”, disse.

Entretanto, para a carne bovina o cenário, por enquanto, é diferente. Freitas explica que a China está com altos estoques, e com os atuais patamares de preço do boi no Brasil, vai ser difícil que as importações aumentem expressivamente no momento.

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