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Casos de malária caem 38%, mas os números ainda assustam


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A malária é transmitida por um mosquito do gênero Anopheles. (Ilustração: Cassio Bittencourt/SAÚDE é Vital)

P U B L I C I D A D E

Entre janeiro e março de 2018, o Brasil notificou 51 076 casos de malária. No mesmo período de 2019, foram 31 872 infecções – uma redução de 38%. Apesar da boa notícia, os números seguem altíssimos e fizeram o Ministério da Saúde lançar a campanha Brasil Sem Malária, com foco na região amazônica, que concentra mais de 99% dos casos.

Populações das capitais dos nove estados que compõem essa área (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Mato Grosso, Roraima, Rondônia, Tocantins e Maranhão), além de locais de mata, assentamentos rurais, garimpos, periferias e áreas indígenas são o público-alvo principal. Já na região extra-amazônica, Bahia e Espírito Santo são consideradas prioridades por enfrentarem, segundo o governo, dificuldades para conter surtos.

Os desafios para combater a malária foram elencados pelo Ministério da Saúde:

  • Promover ações de vigilância, melhorando o diagnóstico e o tratamento
  • Dar resposta rápida a surtos
  • Criar uma mobilização social em torno do tema

Confira os dados completos de casos de malária por estado, segundo dados oficiais do governo:

Casos notificados de malária
UF 2018 (ano inteiro) 2019 (janeiro a março) 2018 (janeiro a março)
AC 26 306 3 334  9 787
AM 71 729 11 240 19 280
AP 15 246 2 879  2 726
MA 935 132  308
MT 878 81  186
PA 45 705 7 550  10 751
RO 9 445 1 970  1 684
RR 23 265 4 666  6 143
TO 25 3  12
Região Amazônica 193 534  31 855 50 877
AL 2 2
BA 89 1  56
CE 19  10
DF 21 3  9
ES 159 1 9
GO 49 3  17
MG 48  9
MS 10  1
PB 4  3
PE 9  4
PI 18  4
PR 48 1  9
RJ 58 3  20
RN 9  4
RS 19  4
SC 29 1  7
SE 5  0
SP 141 4  31
Região Extra-Amazônica 737 17 199
BRASIL 194 271 31 872 51 076

O que é a malária

Trata-se de uma doença infecciosa febril aguda, causada por parasitas do gênero Plasmodium, que são transmitidos pela picada de um mosquito do gênero Anopheles. O paciente com malária não é capaz de passar a enfermidade diretamente para outra pessoa – é preciso que haja a participação do inseto no meio do caminho.

Entre os principais sintomas estão febre alta, calafrios, tremores, sudorese ou dor de cabeça. Alguns indivíduos, antes de apresentarem esses sintomas, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite. A malária tem cura, mas, se não for diagnosticada e tratada em tempo oportuno, pode evoluir para formas graves.

Prevenção

Embora algumas vacinas estejam sendo testadas na África, ainda não há um imunizante disponível por aqui. As medidas para evitar a malária, portanto, envolvem impedir a picada do mosquito do gênero Anopheles, principalmente nas regiões mais acometidas pela doença. Elas incluem:

  • Usar mosquiteiros impregnados com inseticidas
  • Vestir roupas compridas, que protejam pernas e braços
  • Instalar telas em portas e janelas
  • Aplicar repelentes
  • Borrifar inseticida intradomiciliar de efeito residual
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