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Caso Henry: Quem é a avó que omitiu à polícia as agressões de Dr. Jairinho


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Dias após narrar em tempo real a Monique Medeiros da Costa e Silva uma sessão de violência de seu namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), contra seu filho, Henry Borel Medeiros, a babá relatou sobre o episódio de “chutes” e “bandas” também a avó materna do menino, a professora Rosângela Medeiros da Costa e Silva. Em novo depoimento prestado na 16ª DP (Barra da Tijuca), a funcionária disse ter “contado tudo” para a idosa e que ela “ficou assustada” com o que ouvira. Thayna, que admitiu ter mentido em seu primeiro depoimento, afirmou que tinha medo de Dr. Jairinho e contou também que presenciou pelo menos três agressões contra a criança.

P U B L I C I D A D E

Após doze horas na delegacia, Thayna afirmou ter presenciado Jairinho levando Henry para seu quarto, em 12 de fevereiro, e colocado o som da televisão alto. Ela disse ter batido na porta e não ter ouvido resposta de nenhum dos dois. Logo em seguida, o menino saiu do cômodo e contou ter sido agredido por Jairinho, passando mancar, apresentar hematomas nas pernas e nos braços e reclamar de dores na cabeça. A babá então mandou mensagens para Monique descrevendo a situação.

Ela conta ter sugerido a professora a instalar câmeras no apartamento onde a família morava, no condomínio Majestic, no Cidade Jardim, o que foi ignorado por Monique. Ao acompanhar a patroa e o menino a uma sessão com a psicóloga que o acompanhava, a babá diz ter sido deixada na casa de Rosângela, em Bangu. Na residência, Thayna diz ter sido questionada pela professora sobre o que “teria acontecido” e se Henry “estava ou não mentido”.

A funcionária disse ter contado sobre o menino “estar mancando”, com “dores na cabeça” e manchas roxas pelo corpo e afirmou que não existia a possibilidade de Henry estar mentindo, até porque ela vira a marca dos machucados. Thayna informou que não se prolongou no assunto para não parecer que fazia “fofoca” sobre a família.

No novo depoimento prestado, ao delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP, a babá admitiu que mentiu na declaração dada em 24 de março ao garantir que Dr. Jairinho, Monique e Henry viviam em harmonia e que nunca havia presenciado nenhuma anormalidade no apartamento da família. Ela afirmou não ter contado sobre as agressões que presenciou ao menino por parte do parlamentar por medo dele e a pedido da professora. Na delegacia, a babá afirmou que Monique pediu que ela apagasse as mensagens trocadas entre as duas em 12 de fevereiro. As conversas foram recuperadas pela Polícia Civil no celular de Monique e dão conta do alerta feito pela funcionária em tempo real.

Thayna contou ainda que presenciou as agressões em dois outros momentos e que tinham conhecimento das sessões de violência ainda a irmã de Jairinho, Thalita Souza e a empregada doméstica da família, Leila Rosângela de Souza Mattos, que também prestou depoimento na delegacia e negou haver algum tipo de relação violenta entre os três.

Nesta terça-feira, o pai de Henry, Leniel Borel, disse que a avó materna era muito amada pelo menino. Para ele, é difícil acreditar que ela sabia das agressões e não fez nada:

– A avó materna sempre foi uma das figuras preferidas do Henry, quem ele mais amava e insistia para ficar junto, em Bangu. Não consigo acreditar, admitir que ela sabia que ele estava sendo agredido e nada fez. É desumano uma coisa dessas. Eles deixaram que meu anjinho, meu príncipe, meu bem mais precioso fosse morto e não agiram. Cheguei a dizer que meu filho reclamava de abraços apertados e todos desconversaram. Estou ainda mais devastado, sem chão, sem paz.

Extra.globo.com

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