Conectado por

Direto de Brasília

Câmara vota segundo turno da PEC dos Precatórios nesta quarta


Compartilhe:

Publicado por

em

A Câmara aprovou, ontem, em primeiro turno, a segunda parte da PEC dos Precatórios. O texto recebeu 327 votos favoráveis e 147 contrários. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), optou por evitar que a discussão entrasse pela madrugada, temendo falta de quórum, e adiou para hoje a discussão de destaques e a apreciação em segundo turno. A proposta abre espaço fiscal de R$ 106,1 bilhões para aumento de gastos no ano que vem.

P U B L I C I D A D E

No primeiro turno, o plenário aprovou o limite de pagamento de precatórios até 2026, e não mais até 2036. Os deputados também foram favoráveis à destinação do espaço fiscal da PEC para o Auxílio Brasil e despesas previdenciárias.

Também recebeu o aval dos deputados a proposta de tornar permanente o Auxílio Brasil, sem necessidade de apontar fonte de financiamento para pagar os R$ 400 de benefício.

A expectativa é de que os parlamentares aprovem apenas uma modificação ao texto avalizado por senadores. O pedido, do DEM, é de retirar a fixação de datas para o pagamento das dívidas do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

Com as mudanças feitas no Senado, os pagamentos seriam feitos fora do teto de gastos, em três parcelas e seguindo um cronograma. Isso permitiria aos governos estaduais receberem recursos “extras” em ano eleitoral, o que beneficiaria, principalmente, as unidades federativas com maior quantidade de verbas a receber: Bahia e Ceará, ambos estados governados por opositores ao governo.

Durante o dia, o governo e a presidência da Câmara fizeram reuniões para tentar fazer avançar a matéria, já que a PEC precisa ser votada até sexta-feira, uma vez que os parlamentares entrarão em recesso já na semana que vem.

O governo afirma que a proposta é fundamental para conseguir pagar o Auxílio Brasil de R$ 400 em 2022.

Apesar de ter considerado as modificações feitas no Senado como uma “redução de danos”, a oposição não ficou satisfeita com a proposta. O líder do PT na Casa, deputado Bohn Gass (RS), afirmou que a PEC dá um calote em milhões de famílias brasileiras.

A líder do PSol, Taliria Petrone (RJ), reforçou o coro dos contrários à PEC e reafirmou que o espaço fiscal aberto é desnecessário para pagar o Auxílio Brasil. “Já há um espaço fiscal aberto pela parte da PEC promulgada, de R$ 60 bilhões, suficiente para pagar o auxílio para o povo. É uma farsa que muitos aqui estejam preocupados com o povo brasileiro”, pontuou.

Correio Braziliense

Nossa webrádio parceira: dj90.com.br