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Brasil fatura quatro medalhas no judô na primeira manhã dos jogos Parapan-Americanos de Lima 2019


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Ouro, prata e dois bronzes vieram da paulista Giulia Pereira, do potiguar Arthur Silva, e da carioca Karla Cardoso e do paraense Thiego Marques. Tênis de mesa e tiro esportivo também deram medalhas ao Brasil

Menos de 12 horas após a bela cerimônia de abertura dos Jogos Parapan-Americanos no Estádio Nacional de Lima, o Brasil já celebra as primeiras medalhas na capital peruana. A competição teve início oficialmente na noite da sexta-feira, 23, no Estádio Nacional. A delegação nacional se faz presente com 337 atletas de 17 modalidades.
Os judocas foram os primeiros a celebrar as láureas continentais na manhã de sábado. O tênis de mesa também deu três medalhas ao Brasil neste sábado pela manhã, sendo um ouro e dois bronzes. Tiro esportivo também contribuiu com a manhã premiada do país em Lima. 
A primazia de levar o pavilhão brasileiro ao ponto mais alto do pódio foi de uma paulista de 19 anos, do Guarujá, São Paulo: Giulia Pereira. Ela é da categoria até 47 quilos, mas teve de competir com judocas até 52 quilos, por falta de concorrentes em sua classe de peso. Num formato de todas contra todas, três das quatro concorrentes eram mais pesadas que a paulista. 
Giulia não se intimidou. Venceu três lutas por ippon (golpe perfeito), inclusive da medalhista paralímpica em Londres 2012, Karla Cardoso, e a última, contra a argentina Paula Gomez, por waza-ari no golden score (tempo extra).
P U B L I C I D A D E

24/08/2019 – jogos Paranamericanos Lima 2019 – Giulia Pereira (branco) do Brasil em luta contra Paula Gomez do Uruguai (Crédito: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB).

Giulia nasceu prematura, no quinto mês de gestação, e com 30% da visão, e, ao passar dos anos, perdeu completamente a acuidade. Em 2014, iniciou no judô para pessoas com deficiência visual e cegas. Em 2017, foi vice-campeã dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, em São Paulo. No mesmo ano, ficou com a prata no Campeonato das Américas adulto, igualmente na capital paulista. Compôs a seleção brasieira que disputou o Mundial do ano passado, em Portugal, mas foi eliminada na primeira luta. 
“Na minha chave, eu já sabia contra quem iria lutar, porque eram todas contra todas. A final [contra a Argentina] foi muito difícil, uma luta que eu já sabia que seria complicada, mas graças a Deus, ganhei no Golden Score”, comemorou Giulia. A fluminense Karla Cardoso ficou com bronze na categoria.
Entre homens de até 90 quilos, o potiguar Arthur Silva sofreu um waza-ari do americano Richard Ties e ficou com a prata. Thiego Marques foi bronze ao bater o canadense Justin Karn, na categoria até 60kg. 

24/08/2019 – jogos Paranamericanos Lima 2019 – Arthur Cavalcante recebe a medalha de prata durante a cerimonia de entregas de medalhas. (Crédito: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB).

24/08/2019 – jogos Paranamericanos Lima 2019 – Thiego Marques do Brasil recebe a medalha debronze durante a cerimonia de entregas de medalhas. (Crédito: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB).

24/08/2019 – jogos Paranamericanos Lima 2019 – Karla Cardoso recebe a medalha de bronze durante a cerimonia de entregas de medalhas. (Crédito: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB).

Tiro esportivo
O paulista de Sumaré Alexandre Galgani, e o capixaba Bruno Stov conquistaram na manhã deste sábado, 24, a medalha de prata e bronze, respectivamente, no rifle de 10m misto SH2. Os dois representantes brasileiros ficaram atrás apenas da americana Mckenna Dahl na classificação geral. Vale lembrar que esta é a primeira vez que o tiro esportivo faz parte do programa dos Jogos Parapan-Americanos. 
“Eu treinei para o ouro, mas houve alguns problemas, tive que mexer na arma antes da final, saí da posição e não consegui voltar para a posição ideal. Mas ainda acho que consigo um ouro aqui em Lima”, afirmou Galgani, único brasileiro da modalidade já classificado para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, que volta a competir no dia 27, na carabina de ar posição deitado misto 10m.
Tênis de mesa
O paulista Paulo Salmin precisou de uma hora e 46 minutos para conquistar a medalha de ouro da classe 7 do tênis de mesa. Ele venceu todos os quatro jogos que fez, perdeu apenas um set, e, somando todos os minutos em que precisou jogar para alcançar o feito na capital peruana, chega-se a 106 minutos de partida. A mais longa foi a final contra o colombiano José Vargas, no início da tarde deste sábado, com 31 minutos de duração, e parciais de 11/9, 11/9 e 12/10. 
Antes dele, o paranaense Welder Knaf conquistou a medalha de bronze na classe 3. O atleta parou apenas na semifinal, em duelo diante do americano Jenson Van Emburgh, por 3 sets a 1
O primeiro pódio do dia veio com o catarinense Conrado Contessi, com o bronze da classe 1 masculina, após derrota na semifinal para outro brasileiro, Aloísio Júnior, que irá para a disputa do ouro na tarde deste sábado. O duelo acabou com o placar de 3 sets a 0, com parciais de 11/8, 13/11 e 11/9. 
Onde acompanhar? 
Os Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019 terão transmissão dos canais SporTV. Por decisão do Comitê Organizador Local (LOC, na sigla em inglês) serão transmitidas ao vivo as cerimônias de abertura, de encerramento, além das competições de atletismo, badminton, natação, basquete e rúgbi em cadeira de rodas. O Parapan de Lima também poderá ser acompanhado pelas redes sociais do CPB: FacebookTwitter e Instagram (@ocpboficial).
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Todas as 17 modalidades terão representantes nacionais. O Brasil busca repetir o feito das três últimas edições dos Jogos continentais. Desde o Rio 2007, quando a competição passou a ser realizada na mesma sede dos Jogos Pan-Americanos (tal qual ocorre nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos), os atletas brasileiros não conhecem outro resultado que não seja o primeiro lugar no quadro geral de medalhas. Foi assim em 2007, em Guadalajara 2011 e em Toronto 2015. Neste último, foram obtidas 257 medalhas, das quais, 109 de ouro, 74 de prata e 74 de bronze.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
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