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Bolsonaro pode baixar decreto para chamar até 3 mil aprovados na PF e na PRF


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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que vai ampliar as vagas para concursos públicos da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal (PF). “Se depender de um decreto policial, eu assino”, afirmou, durante visita ao Paraná, no último sábado.

P U B L I C I D A D E

As duas corporações lançaram concursos, no início deste ano, com 1.500 vagas para cada órgão. Entretanto, esperavam-se mais vagas. O chefe do Executivo prometeu, por diversas vezes, a oferta de 2.000 oportunidades em cada certame.

Ontem, na saída do Palácio da Alvorada, o presidente foi questionado por concurseiros sobre a possibilidade de que mais aprovados sejam nomeados para a PF. Eles argumentam que foram aprovados no último certame, mas cortados na primeira fase por causa do Decreto nº 9.739, que determina a nota de corte. E pedem que o corte seja transferido apenas para a fase de homologação do concurso.

Na mesma hora, Bolsonaro ligou para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e perguntou sobre a possibilidade de alteração o decreto. Torres respondeu que o processo não poderia ser alterado. “Estamos pensando em pedir uma autorização à Economia para chamar até 100% do número de vagas. O que está muito difícil de superar é 100% das vagas”, disse. “A gente soltou um concurso para 1.500 vagas. Chamar até 3.000 é extremamente viável. Mais que 3.000 é bastante difícil”, explicou Torres. Encerrada a conversa, Bolsonaro dirigiu-se aos concurseiros: “Eu não vou fazer demagogia com vocês, tá? Eu vou ver se consigo autorização até 100%. Acima disso fere a lei, não é decreto”, afirmou.

O pleito dos concurseiros tem apoio de sindicalistas de diversos estados. Para a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), a incorporação dos aprovados, embora fora do número de vagas previsto no edital, não comprometeria a qualidade do trabalho da PF.

“Ao contrário, teremos uma economia muito grande, tanto de esforços quanto de recursos”, apontou o presidente da Federação, Luís Antônio Boudens. “Atualmente, há mais de 6 mil cargos vagos na PF. Os concursos são caros e longos, já que são muitas etapas até a classificação final”, pontuou.

Na última quinta-feira, a Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou duas emendas à Lei Orçamentária Anual de 2022, destinando recursos para a contratação de aprovados nos últimos concursos da PRF, da PF e também para o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), além de garantir orçamento para a reestruturação das carreiras.

O concurso da PRF ofereceu 1.500 vagas para o cargo de policial rodoviário federal. O salário inicial é de R$ 9.899,88, para jornada de 40 horas por semana. O certame registrou 304.330 inscrições, e as provas foram realizadas em 9 de maio.

Para a PF também foram lançadas 1.500 chances para escrivão, agente, delegado e papiloscopista. Os salários variam de R$ 12.522,50 a R$ 23.692,74 e puderam ser disputados por candidatos com nível superior em qualquer área de formação (exceto para o posto de delegado, que exige graduação em direito, especificamente).

Correio Braziliense

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