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Atletas brasileiras dão show em Tóquio, mas esporte feminino precisa de recursos e incentivo no Brasil


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 PL da deputada Mariana Carvalho pretende garantir uma fonte de recursos para as modalidades femininas

P U B L I C I D A D E

As atletas brasileiras bateram o recorde de medalhas já conquistas pela delegação feminina do Brasil em uma Olimpíada. Já são oito medalhas conquistadas pelas mulheres, superando a marca do torneio de Pequim, quando conquistaram sete. Além disso, a maioria das medalhas de ouro foram alcançadas por elas. Mas, a realidade do esporte feminino no Brasil está muito longe de ser a ideal. Pouco incentivo, recursos escassos e preconceito ainda são entraves.

Um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados pretende garantir uma fonte de recursos permanente para as modalidades femininas. É o PL 4089/19, da Deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), que assegura a destinação de pelo menos 30% dos recursos recebidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) – verba essa proveniente dos lucros das loterias federais.

A autora explica que o intuito é tornar mais justa a distribuição dos recursos destinados ao esporte e ressalta que a proposta não diz respeito à ampliação de despesas pelo Poder Pùblico. “Apenas busca equilíbrio, incentivando e motivando a participação feminina no esporte”.

Mariana destaca que o esporte ainda recebe pouco incentivo no Brasil e que em relação às modalidades femininas a questão é ainda mais grave. Atualmente, uma pequena parte dos recursos das loterias é destinada ao esporte.  Mas não há nada que garanta sua aplicação no esporte feminino.

“Foi pensando nisso que apresentei o Projeto de Lei, para que pelo menos 30% dos recursos recebidos pelo COB e CBP vá para o esporte feminino”, explicou a deputada.

De acordo com dados da Caixa Econômica Federal, em 2017, os repasses ao COB e ao CBP totalizaram mais de R$ 350 milhões. “É importante garantirmos que parte desse recurso seja aplicado no financiamento de modalidades esportivas praticadas por mulheres, como forma de minimizar a desigualdade de apoio em relação ao esporte masculino”, reforçou Mariana.

O Projeto já foi aprovado pelas comissões de Direitos da Mulher e de Esporte. Em seu parecer, o relator na comissão de Esporte, Deputado Júlio César Ribeiro (Republicanos-DF), afirmou concordar com a autora que os recursos destinados para o desenvolvimento do esporte feminino no Brasil ainda são pouco expressivos, sobretudo quando comparados aos valores costumeiramente destinados ao esporte masculino.

O projeto está atualmente parado na Comissão de Constituição e Justiça. A relatora no colegiado é a deputada Caroline de Toni (PSL-SC).

Assessoria

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