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Economia

Associação de Supermercados: “Não há prazo para queda no preço do arroz”


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O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, disse nesta quarta-feira (9/9) que não há prazo para que o preço do arroz seja reduzido para os consumidores.

P U B L I C I D A D E

A declaração foi feita a jornalistas, no Palácio do Planalto, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Eu não sei responder. Pode ser que seja mais rápido. Tem um lado psicológico que pode ser que afete aí, o fato de consumir mais macarrão [talvez] já faça uma regulagem do preço. O que precisa, sim, é entrar mais produto. Ter mais oferta do arroz no mercado para resolver esse problema”, afirmou.

De acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial do país em agosto teve uma alta de 0,24%, puxada pelo preço dos alimentos.

O Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA) subiu 2,44% em 12 meses, enquanto a inflação dos alimentos subiu 8,83% no período.

A maioria dos alimentos está com preços recordes no campo, mas o arroz e o óleo de soja ganharam destaque, que tiveram uma valorização de 19,2% ao ano e 18,6% ao ano, respectivamente.

Desde a última semana, o presidente Jair Bolsonaro tem pedido publicamente para que os donos de supermercados tenham “patriotismo” e reduzam as margens de lucro dos produtos.

“Nós explicamos ao presidente que já estamos fazendo isso [cortando o lucro]. Nós sempre fizemos, na cesta básica, porque o setor é muito competitivo. A gente não repassa de vez nossos aumentos […] Não vamos ser vilões de uma coisa que não somos responsáveis”, afirmou Neto.

“Supermercados não serão vilões”

Ainda durante a conversa com a imprensa, o presidente da Abras disse que o setor não será o “vilão” pela alta no preço de produtos como arroz e óleo de soja e disse que “o problema está na lavoura”.

“Nós não vamos ser vilões de uma coisa que nós não somos responsáveis. Muito pelo contrário. […] Essas situações, que têm sido muito raras, ocorrem porque o commoditie é sazonal. É agricultura: chove demais, faz sol demais. É assim que funciona. O problema está na lavoura, no custo da produção, da safra baixa. O problema está no câmbio que os produtos que estão sendo exportados”, disse Sanzovo Neto.

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