Conectado por

Rondônia

Após 4 bebês contraírem HIV por amamentação em Porto Velho, SAE alerta mães sobre vírus


Compartilhe:

Publicado por

em

Depois de quatro bebês serem infectados pelo HIV em Porto Velho no último ano, durante o aleitamento materno, o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) fez um alerta às mães sobre o vírus da imunodeficiência humana, causador da AIDS.

P U B L I C I D A D E

A gerente do SAE, Albenita de Jesus Nogueira, explica que a transmissão na amamentação ocorre porque a mãe não tinha o vírus durante a gravidez, porém, após o parto, contraiu a doença e não tomou conhecimento nem de que estava infectada e nem do risco de transmissão pela amamentação.

“Muitas vezes a mãe não tem HIV até a hora do parto, mas depois ela não se cuidou, não usou preservativo, teve outros parceiros e não fez exames. Então essa mãe, adquirindo HIV, transmite ao filho através da amamentação”, conta.

Depois do vírus ser diagnosticado na mãe, Albenida afirma que a amamentação da criança deve ser interrompida imediatamente.

HIV em Porto Velho

Atualmente, 2,6 mil pessoas portadoras do HIV fazem tratamento pela rede pública de saúde em Porto Velho, sendo a maioria homens.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), cerca de 30 novos casos da doença são registrados todos os meses na capital. Ao todo, foram 180 casos descobertos até junho deste ano.

Albenita lembra que várias ações são realizadas em locais de grande movimento com objetivo de conscientizar as pessoas sobre o HIV, mas ela acredita que a maioria deixa de se prevenir por não acreditar no risco real da contaminação pelo vírus.

“Além de se prevenir de outras doenças, usando camisinha a pessoa vai estar prevenindo o parceiro dela. É uma questão de amor por si próprio e ao próximo”, afirma.

Outro problema apontado pela gerente é o abandono do tratamento pelos pacientes. Alguns desses casos resultam na morte deles, pois a Aids atinge diretamente a imunidade e deixa a pessoa exposta a muitas outras doenças.

Tratamento correto torna transmissão quase nula — Foto: Secretaria Estadual da Saúde/Divulgação

Tratamento correto torna transmissão quase nula — Foto: Secretaria Estadual da Saúde/Divulgação

“A maioria dos óbitos por conta da Aids é pelo abandono do tratamento. Tem pessoas que deixam de tratar devido ao preconceito de vir aqui, de ser visto por alguém. Há também os usuários de drogas, que muitas vezes não possuem dinheiro pra vir todo mês em busca do medicamento e eles sofreram muito”, explica.

Todo o tratamento necessário para o portador do HIV é oferecido pela rede pública gratuitamente. Se seguido corretamente e sem interrupções, a chance de transmissão da doença pelo paciente se torna quase nula.

Veja onde fazer os testes

O Serviço de Atendimento Especializado (SAE) faz testes rápidos para quem tenha sido exposto na relação sexual e também realiza o tratamento de casos já confirmados. O SAE fica na Avenida Duque de Caxias, em Porto Velho.

O teste rápido de HIV também pode ser feitos nas Unidades Básicas de Saúde e no Centro de Testagem e Aconselhamento na Policlínica Oswaldo Cruz, na Avenida Jorge Teixeira, Setor Industrial, de segunda a quarta-feira das 7h as 17h.

Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Nossa webrádio parceira: dj90.com.br