Saúde
Além da máscara: Veja dicas para voltar ao cinema em segurança na pandemia
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A reabertura das salas de cinema e teatro do Distrito Federal está autorizada desde 3 de setembro por meio de um decreto do GDF. Embora apenas a rede Cineflix do JK Shopping esteja em funcionamento desde então, as demais salas de cinema continuam fechadas, mas devem reabrir as portas em breve.
Apesar de muito aguardado pelo cinéfilos, o retorno pede cautela. O decreto estabelece regras a serem cumpridas pelos espaços culturais, como a disponibilização de produtos para higienização de mãos e sapatos, a limpeza regular de aparelhos de ar-condicionado e a higienização das poltronas entre as sessões. Mas os clientes também precisam fazer a própria parte.
Médica patologista do Laboratório Exame, Natasha Slhessarenko lembra da importância de manter os cuidados adotados durante a pandemia da Covid-19 mesmo dentro das salas de exibição, quando as luzes são apagadas, e dá dicas para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.
Uso de máscara
A máscara foi adotada como uma das principais ferramentas para diminuir o risco de contaminação e não deve ser retirada dentro da sala de cinema. Para diminuir o risco da infecção, o ideal é que ela cubra o nariz e a boca, esteja bem adaptada ao rosto e tenha camadas o suficiente para evitar a passagem do vírus.
“Existem máscaras que não cumprem o papel de filtro que deveriam exercer. Para mim, o uso delas vai ser uma nova ordem mundial por muitos meses ainda. Essa pandemia ainda vai se manter por algum tempo”, acredita Natasha.
Etiqueta respiratória
Para a patologista, as pessoas precisam ter consciência e responsabilidade de cuidar pela segurança coletiva. Mesmo com a máscara, quando for tossir ou espirrar, o ideal é encobrir o rosto com o cotovelo ou o antebraço. “Não deixe a dispersão do vírus acontecer. Dependendo da máscara, se ela for muito fina, ele vai passar”, ressalta Natasha.
Distanciamento social
O decreto estabelece que os ingressos sejam vendidos apenas pela internet para evitar as filas e aglomerações. Dentro das salas de exibição, os clientes devem se sentar em fileiras intercaladas, sempre com uma ocupada e outra desocupada.
O ideal é que as pessoas respeitem o distanciamento de um metro e meio tanto na entrada do cinema quanto na hora de se sentarem. “É importante que essas cadeiras mantenham pelo menos um metro e meio de distância entre um e outro. Pessoas da mesma família, que convivem no mesmo ambiente, até podem se sentar juntas mas, idealmente, respeitando o distanciamento de uma cadeira”, pondera a médica.
O fim da pipoca?
“A partir do momento que se tira a máscara, a pessoa está absolutamente exposta a tudo. O ideal é que ela não não seja retirada. O que dá para se fazer é comer por baixo da máscara, colocando de grão em grão”, sugere a patologista.
Atenção com o ar-condicionado
Muitos cinemas e teatros já funcionam com o sistema mais moderno de renovação do ar, em que o ar é filtrado e jogado para fora das salas.
Mas isso não impede completamente que as gotículas e as partículas aerossóis com expelidas por pessoas contaminadas permaneçam suspensas no ambiente. “A gente sabe que esses vírus podem ficar em suspensão no ar por até três horas. Então é importante que exista a renovação do fluxo do ar”.
Evitar ir ao cinema com sintomas gripais
“O brasileiro nunca levou muito a sério estar gripado. Sempre foi trabalhar ou mandou os filhos para a escola resfriados. Em tempos de Covid-19, isso não pode ser banal”, ressalta a médica.
Qualquer sintoma gripal – nariz entupido, dor de cabeça, na garganta ou corpo, mal estar e febre – deve ser levado em consideração antes da ida ao cinema para evitar a transmissão do vírus.
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