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Agricultores têm dificuldades para criar peixes em viveiros construídos há 15 anos por falta de títulos das terras em MT


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Os agricultores do Cinturão Verde, zona rural de Cuiabá, estão com dificuldades para criar peixes nos viveiros construídos pela Prefeitura de Cuiabá há 15 anos, pois não possuem os títulos das terras. Com isso, eles ficam sem recursos para criar projetos e desenvolver a psicultura no local.

P U B L I C I D A D E

O presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Francisco Serafim de Barros, informou que os produtores das áreas que ainda não têm os documentos devem procurar o instituto para regulariza a situação e não precisarão pagar pelo título da terra.

O presidente da Associação dos Piscicultores, Everaldo Goulart, afirmou que os pequenos agricultores estão há sete anos sem receber incentivo do município.

“Nessa região 108 tanques estão cadastrados na prefeitura. Desses, acredito que de três a quatro produtores conseguiram ter peixes para vender na semana santa”, revelou.

Capacidade de produção na região é de 300 toneladas de pescado por ano — Foto: TVCA/ Reprodução

Capacidade de produção na região é de 300 toneladas de pescado por ano — Foto: TVCA/ Reprodução

O Cinturão Verde já foi considerado polo de piscicultura do estado. A produção no local pode chegar a 300 toneladas de pescado por ano.

A Secretaria de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Cuiabá disse que ainda esse mês, a prefeitura vai desenvolver uma ação para capacitar as famílias e fomentar a piscicultura no local.

“A secretaria acompanhada de técnicos fará o recadastramento de todas as propriedades que estão praticando a piscicultura. Com esse cadastramento, vamos fazer a nossa orientação”, afirmou a secretária Débora Marques.

Em uma chácara ocupada pelo produtor rural João Batista foi construído um tanque 100 por 100 metros, com capacidade para criar até 10 mil peixes.

“Hoje só tenho alguns lambarizinhos no tanque. Estamos pegando peixe só para nós comer. Temos um tanque desse tamanho e não posso criar por falta de recurso financeiro”, lamentou.

Sem condições de manter o viveiro, Everaldo também não consegue crédito porque a terra não tem a documentação necessária exigida pelo banco.

“Estamos esquecido no Cinturão Verde. Espero que os governantes possa nos ajudar e conceder pelo menos o título, para que possamos conseguir fazer um projeto e pegar um financiamento pelo banco”, pontuou.

Driblando as dificuldades

Em meio as dificuldades, o piscicultor Ederaldo Gomes transformou o lugar onde mora em um pesque e pague. Segundo o piscicultor, ele consegue vender, por ano, em torno de 10 toneladas de peixes.

O primeiro tanque na propriedade foi construído há 15 anos e, atualmente, o local já possui quatro tanques, onde são criados Tabatinga, Tambaqui e Matrinxã.

“Quando começamos, vendíamos a R$ 6 o quilo e hoje vendemos a R$ 10. O valor é dele vivo no pesque e pague. O povo gosta de pescar, pois eles só levam aquilo que eles pescam”, contou.

No período da quaresma, o volume de venda aumenta até 50%. Segundo Everaldo, a forma encontrada para comercializar o pescado tem garantido o sustento da família.

“Gasto uns R$ 10 mil de ração por ano, mas isso dá um retorno de uns R$ 100 mil. A previsão é aumentar as vendas cada dia mais”, ressaltou.

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