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Acre tem mais de 1,6 mil casos confirmados de dengue e 7,5 mil suspeitos em menos de 2 meses


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Dados são do Departamento de Vigilância em Saúde do Acre de casos registrados de 1 de janeiro até essa terça-feira (23). Há ainda uma morte suspeita de ter sido causada por dengue em investigação.

Em menos de dois meses, o Acre registra mais de 7,5 mil casos suspeitos de dengue e outros 1.683 casos já confirmados da doença. Os dados são do boletim epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) e levam em consideração os registros entre os dias 1º de janeiro até essa terça-feira (23).

P U B L I C I D A D E

Ao todo, são registrados 7.514 casos suspeitos da doença em todo estado este ano. No mesmo período em 2020, eram 2.598 notificações, o que representa um aumento de 189% ou quase três vezes mais casos.

Ainda segundo os dados, as cidades com mais casos suspeitos são: Rio Branco, com 3.276 casos representando 43,6% do total; Tarauacá com 1.986; e Cruzeiro do Sul que já contabiliza 18% dos casos com 396.

Além dos casos suspeitos da doença, a Saúde informou que há ainda uma morte suspeita de ter sido causada por dengue em investigação este ano. No ano passado, foram contabilizadas três mortes por causa da dengue.

Um levantamento divulgado no último dia 17 mostrou que dos 22 municípios do Acre 20 estão infestados pelo mosquito Aedes aegypti. A capital acreana declarou situação de emergência devido ao aumento no casos de dengue. No dia 16, o governador Gladson Cameli decretou emergência por conta da cheia de rios, surto de dengue, pandemia e crise migratória.

Distribuição por regional

 

  • Baixo Acre

 

A Regional do Baixo Acre é a que apresenta mais casos suspeitos de dengue no estado. São, ao todo, 4.028 casos suspeitos nos sete municípios da regional. A capital acreana, Rio Branco, é que soma mais casos.

No mesmo período de 2020, a regional tinha 318 notificações da doença. Segundo o levantamento, houve um aumento de mais de mil por cento entre os períodos.

A procura por exames e atendimentos de pessoas com suspeita de dengue aumentou muito nas unidades de saúde de Rio Branco. Por isso, Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) reabriu no último dia 16, a Policlínica Barral y Barral para atendimento exclusivo de pacientes com suspeita de dengue durante o ponto facultativo.

No último dia 13, durante uma sessão com vereadores, o secretário garantiu que iria tornar cinco unidades da cidade como referência para o atendimento de casos de dengue. O G1 questionou, nesta quarta (24), a prefeitura se as unidades já estão atendendo como referência, mas não obteve resposta até última atualização desta reportagem.

  • Alto Acre

 

A Regional do Alto Acre soma 818 casos suspeitos de dengue até o dia 23 de fevereiro. A cidade com mais registros é Brasileia, com 328 casos.

Em janeiro, o aumento de casos da doença em Brasileia elevou a procura por atendimento no único hospital da cidade, o Hospital Regional do Alto Acre. Conforme o diretor-geral da unidade, Janildo Bezerra, o hospital, que normalmente atende cerca de 15 a 20 pessoas por dia, passou a atender até 80 pacientes com sintomas da doença.

No ano passado, a regional recebeu 268 notificações da doença. O aumento entre os períodos avaliados é de mais de 205%.

  • Regional Juruá e Tarauacá/Envira

 

Do total de casos de dengue suspeitos confirmados no Acre, 2.668 foram registrados na Regional Juruá e Tarauacá/Envira. Esse é o segundo maior número de notificados no estado.

A cidade de Tarauacá contabiliza mais casos da doença na regional, com 1.986 casos. Por causa do aumento no número, a cidade chegou a preparar um Plano de Contingência por causa da quantidade de servidores afastados no Hospital Dr. Sansão Gomes. O município de Cruzeiro do Sul tem o segundo maior número de notificações, somando ao todo 396.

Em dados somados, a regional confirmou 2.012 casos de dengue no mesmo período em 2020. O aumento de casos entre um período e outro chegou a 32,6%.

Pandemia, enchente, surto de dengue e crise migratória

 

O Acre registrou mais 621 novos casos de Covid-19 nessa terça-feira (23), de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Com esse número, o estado atingiu um novo recorde de infectados desde o início da pandemia. O número de pessoas infectadas passou de 54.969 para 55.590 nas últimas 24 horas. O total de mortes agora é de 973, porque o Estado confirmou mais cinco óbitos.

Desde semana passada, alguns rios ultrapassaram a cota de transbordo atingindo milhares de família. A cidade de Tarauacá, no interior do Acre, chegou a ficar com 90% do território tomado pela água. Em número atualizados nesta quarta (24), a Defesa Civil estima ainda mais de 121 mil pessoas atingidas pelas enchentes, mas o Acre chegou a ter 130 mil pessoas atingidas de alguma forma pela cheia dos rios na capital e no interior do estado. A Defesa Civil considera atingidas pela cheia casas onde a água chegou, desabrigando ou não os moradores.

O Acre também registrou 8,6 mil casos suspeitos de dengue em menos de dois meses de 2021.Outro dado que chama atenção é que dos 22 municípios do Acre 20 estão infestados pelo mosquito Aedes aegypti. A capital acreana já declarou situação de emergência devido o aumento no casos de dengue.

Também nos últimos dias se agravou o cenário dos imigrantes que estão retidos na fronteira do Acre com o Peru desde o ano passado, quando o país vizinho decidiu fechar as fronteiras e impedir a passagem deles para o lado peruano. Os imigrantes já estavam sendo atendidos pela prefeitura de Assis Brasil, mas no último dia 14 se rebelaram e ocuparam a ponte da cidade.

Pelo menos 60 imigrantes que fazem rota reversa pelo Acre e tentam entrar no Peru continuam a acampados na Ponte da Integração, quase 10 dias depois de ocuparem o local. Ao todo a cidade ainda tem mais de 300 imigrantes depois de ter mais de 500.

G1

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