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Acre registra queda de mais de 30% nos casos de malária e internações pela doença caem 43%


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A malária é uma doença que sempre preocupa as cidades do Acre, principalmente no Vale do Juruá onde os casos são mais incidentes. Porém, um boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do estado (Sesacre) mostrou uma queda de 31% nos casos da doença no estado comparando o período de janeiro a setembro do ano passado e deste ano.

P U B L I C I D A D E

Além disso, o número de internações pela malária também caiu 43% em todo o estado. De acordo com o boletim, no ano passado foram 8.184 casos, enquanto este ano os registros caíram 5.623.

Já com relação às internações, foram 74 ano passado e 42 este ano. As cidades que concentram a maior parte dos casos são Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, que registra 3.224; 706 e 1.060, respectivamente, sendo considerada uma região de alto risco pela doença, porque concentra 89% dos casos.

O mês com maior número de casos nos dois anos é junho, que também registrou queda. No ano passado, foram 1.005 e este ano caiu para 762, uma queda de 24%.

A Sesacre informou que a equipe técnica já está traçando uma visita técnica em conjunto com o Programa Nacional de Controle Malária do Ministério da Saúde para intensificar ainda mais as ações de vigilância dentro dos municípios, porque estado ainda enfrentará um período chuvoso.

Parcerias

O técnico do Programa Estadual de Controle da Malária, Dorian Jinkins, disse que o resultado dessa queda é devido às ações envolvendo parcerias entre Ministério da Saúde, Estado e municípios.

“O governo vem investindo pesado nas ações, recentemente através da Sesacre. O governo distribuiu 33 microscópicos para combate em ações em 12 municípios, que foi um total de investimento de mais de R$ 293 mil também, para completarmos nossas ações, recebemos 25,9 mil unidades de mosquiteiros impregnados para estarmos distribuindo em localidades com maior número de casos”, disse.

Jinkins destacou também que os trabalhos de capacitação não pararam durante a pandemia.

“As ações continuaram sendo feitas, de forma precavida, mantendo distanciamento social. A gente fazia reuniões virtuais e isso gerou um bom resultado nos números e recentemente começamos a fazer visitas em municípios, para estarmos mais perto dos municípios, diagnosticando situações e resolvermos no próprio município para que ele possa caminhar com as próprias pernas”, finaliza.

Saúde retomou visitas nos municípios do estado  — Foto: Sesacre

Saúde retomou visitas nos municípios do estado — Foto: Sesacre

Decisão histórica

Em decisão histórica, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, no último dia 6, a vacinação ampla de crianças contra a malária para populações em regiões com altas taxas de transmissão, como a África Subsaariana.

A indicação foi feita depois da análise dos resultados de um programa piloto que ainda está em andamento em Gana, Quênia e Malaui. Ao todo, o estudo atingiu mais de 800 mil crianças desde 2019 e vai continuar em execução para avaliar o impacto da medida. Mais de 2 milhões de doses de um total de 10 milhões previstos no programa de testes já foram aplicadas.

O que é malária e quais seus sintomas?

O Ministério da Saúde define a malária como uma “doença infecciosa febril aguda”, causada por “protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles”.

Qualquer pessoa pode contrair a malária. Quem apresenta várias infecções da doença pode atingir uma imunidade parcial, com poucos ou quase nenhum sintoma. Até hoje, a imunidade total não foi observada. Não há vacina aprovada contra a doença.

No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região amazônica – Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. As outras regiões do país têm poucas notificações, mas a doença não pode ser negligenciada devido à alta letalidade.

Os sintomas são:

  • febre alta;
  • calafrios;
  • tremores;
  • sudorese;
  • dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.

 

De acordo com o ministério, muitas pessoas também sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite, principalmente antes da fase aguda.

G1.globo.com

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