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A propaganda pode ser prejudicial à saúde


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Dois conjuntos de resultados publicados esta semana indicam que a propaganda de determinados produtos está associada ao desenvolvimento de hábitos prejudiciais à saúde em crianças e adolescentes.

P U B L I C I D A D E

A idéia de que a propaganda de cigarro é um fator que estimula as pessoas, principalmente crianças e adolescentes, a se iniciar no tabaco já é bem conhecida. A quantificação desta influência negativa é agora apresentada em um trabalho desenvolvido por pesquisadores alemães e publicado online no dia 12 de junho na revista médica inglesa British Medical Journal. O estudo confirma a forte associação entre a exposição à propaganda de cigarro e o desenvolvimento do hábito de fumar. Foram observados 1300 não fumantes de idades de 10 a 15 anos, com o monitoramento por um período de 30 meses das suas exposições a anúncios de cigarro e o desenvolvimento do hábito de fumar. Os jovens que assistiram um número maior de propagandas de cigarro tiveram maior probabilidade de tornarem-se fumantes. Estes dados dão suporte à proposta da Organização Mundial da Saúde de banir completamente os anúncios de cigarro.

Felizmente o Brasil tem adotado esta política desde o ano 2000, com resultados impressionantes. Houve, segundo a Agência de Vigilância Sanitária, uma redução de 33% no número de fumantes após a implantação da restrição às propagandas.

Outra questão importante para a promoção da saúde diz respeito aos hábitos alimentares. Pesquisadores da Universidade de Michigan apresentaram esta semana em Londres, na 63ª Conferência Anual da Associação Internacional de Comunicação, um estudo que relaciona hábitos de mídia dos pais com preferências alimentares das crianças. Os resultados mostram que crianças consomem mais alimentos de maior densidade energética e menos saudáveis em residências onde os pais assistem TV com comerciais, ao contrário de filhos de pais que não assistem TV com comerciais, preferindo outras mídias. Dentre estas outras mídias, as crianças de pais que preferem a leitura são as que apresentam a preferência por alimentos mais nutritivos.

Estes resultados servem de alerta e identificam caminhos pelos quais o uso de mídias pelas famílias pode influenciar nossas crianças sobre hábitos e estilos de vida saudáveis, ou potencialmente prejudiciais.

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