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Saúde

A privação de sono pode atrapalhar seu desempenho, quais são os efeitos dela?


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O que é a privação de sono?

Há um consenso entre os médicos de que a quantidade de sono necessária para a média das pessoas adultas varia entre sete e nove horas a cada noite, embora as necessidades variem de pessoa para pessoa e crianças precisem de ainda mais tempo.

P U B L I C I D A D E

Privação de sono é a condição em que a pessoa não dorme o necessário para que seu organismo se recupere. Ela pode ser tanto aguda como crônica e também pode ser involuntária, quando circunstâncias especiais ou uma insônia resistente impõem às pessoas dificuldades para dormir, ou ser voluntária, quando as pessoas decidem, por qualquer motivo, passarem uma ou mais noites sem dormir, inclusive, em alguns casos, com objetivos terapêuticos.

Quais são os efeitos da privação de sono?

Depois de uma noite sem dormir, a pessoa provavelmente se sentirá mais lenta na manhã seguinte e suas células cerebrais também funcionarão mais lentamente. E quando essas células estão “cansadas”, é mais provável que a pessoa fique esquecida e se distraia com mais facilidade.

Descobriu-se que a privação de sono dificulta a comunicação entre as células cerebrais, o que, por sua vez, pode levar a lapsos mentais temporários que afetam a memória, a percepção visual e é mais provável que a pessoa fique esquecida e se distraia com mais facilidade. Em outras palavras, as descobertas oferecem pistas sobre porque uma noite insone torna tão difícil pensar e se concentrar no dia seguinte.

Um estado de sono restrito crônico que dure várias noites pode causar fadiga, diminuição dos reflexos, sonolência, envelhecimento precoce, queda da imunidade, dificuldade de concentração, problemas de memória e ganho de peso. A longo prazo a privação de sono total pode ocasionar graves distúrbios mentais e mesmo ser letal, mas isso é raro em humanos.

A privação de sono por alguns dias pode ocasionar alucinações, dificuldade em formar frases e perda do foco de atenção. Outros efeitos aparentemente menos graves, porém mais comuns da privação prolongada de sono são: aumento do risco de vários tipos de câncer; problemas crônicos de pele; aumento do apetite por refeições pouco saudáveis; menor propensão a conviver socialmente com outras pessoas; atraso nos horários de atividades matutinas (aulas, trabalhos, exercício físicos, etc.); “limpeza” do cérebro da proteína beta-amiloide, fortemente associada à doença de Alzheimer; efeitos negativos sobre o coração e a circulação; irritação; tempo de reação e de tomada de decisão lentificados; mais erros em atividades e esportes que exigem precisão, como executar cirurgias, atirar, velejar ou andar de bicicleta; diminuição das defesas naturais do organismo contra a infecção; maior propensão a pegar um resfriado; diminuição dos níveis de testosterona, associados à redução da libido e da disfunção sexual; alterações do humor no dia seguinte; duas vezes mais propensão a desenvolver depressão; alterações do metabolismo e aumento do risco de resistência à insulina; fala monótona, lenta e indistinta; causa de mais acidentes automobilísticos ou aéreos relacionados à fadiga, sonolência e adormecimento ao volante; produção excessiva de urina noturna, condição que pode estar ligada à enurese em crianças; alterações hormonais que dificultam a construção muscular e a cicatrização do corpo; aumento da sensibilidade à dor; aumento da probabilidade de desenvolver doença inflamatória intestinal (doença de Crohn, síndrome do intestino irritável); dores de cabeça; enxaquecas que podem ser desencadeadas por noites sem dormir; aumento da sensibilidade a outras dores.

A privação do sono no tratamento das depressões

As relações entre sono e depressão são conhecidas há muito tempo. As pessoas com depressão “brigam” com o sono: alguns sofrem de insônia, outros dormem demais. Isso indica haver relações bioquímicas e/ou estruturais entre sono e depressão. Conforme mencionado, muitos problemas de saúde podem ser causados pela falta de sono. Por isso é surpreendente que a privação de sono seja um dos tratamentos mais eficazes para casos severos de depressão.

Embora a relação entre a privação de sono e o tratamento da depressão venha sendo estudada há mais de 30 anos, ainda não se conhece exatamente os mecanismos dessa interação. De fato, a privação do sono parcial (dormir apenas 3 ou 4 horas por dia) ou total (permanecer acordado por, pelo menos, 36 horas seguidas) reduz rapidamente os sintomas de depressão em cerca de 50% dos pacientes com a doença. A medicação que tenha sido prescrita não parece influir significativamente nesses resultados.

Embora a privação do sono produza melhora clínica significativa em sintomas de depressão dentro de 24 horas, eles são rapidamente reversíveis e os antidepressivos ainda são o tratamento mais comum para a depressão. Ainda são necessárias mais pesquisas para identificar com precisão como a privação do sono faz efeito sobre a depressão.

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