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Educação

89 municípios de MT não têm data definida para retorno das aulas presenciais, diz CNM


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O retorno das aulas presenciais durante a pandemia da Covid-19 ainda é dúvida para 89 municípios de Mato Grosso que ainda não definiram uma data, conforme levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e divulgada pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), nessa quinta-feira (15).

P U B L I C I D A D E

A consulta foi realizada em setembro deste ano e contou com a participação de 108 dos 141 municípios do estado. O objetivo era retratar os desafios das gestões municipais e as ações educacionais realizadas durante a pandemia, assim como as medidas que estão sendo pensadas para a retomada das atividades presenciais e garantia do ano letivo.

Conforme dados da pesquisa, quase todos os prefeitos (98,1%) afirmaram que estão sendo oferecidas atividades pedagógicas não-presenciais aos estudantes, tanto da educação infantil quanto do ensino fundamental.

Do total de cidades que estão adotaram o ensino remoto, 105 (99,1%) têm distribuído materiais impressos, com estratégias diversificadas aliadas a outros tipos de atividades por meio de recursos digitais, como aulas gravadas, plataformas de ensino, televisão, rádio e aplicativos.

O levantamento também revelou que a formação de professores como ação fundamental para o alcance dos objetivos educacionais vem sendo realizada em 73,6% dos municípios entrevistados.

Os planos de contingência, elaborados de forma articulada entre as áreas da Educação e da Saúde para o retorno das aulas presenciais, são pré-requisitos necessários para que as atividades sejam retomadas de forma segura, sem que isso contribua para o aumento dos riscos de disseminação do novo coronavírus.

Em Mato Grosso, 79 municípios afirmaram já possuir um plano de retorno às aulas pronto ou em elaboração, e 76 já estabeleceram um comitê ou colegiado interdisciplinar para definição das ações conjuntas e de articulação no processo de elaboração dos planos.

Financeiro

O aporte financeiro para as ações de caráter excepcional tem sido a principal preocupação dos atuais gestores, que afirmam que o mínimo de 25% dos recursos vinculados à Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) já está comprometido.

Além dos investimentos em ações emergenciais para continuidade das atividades pedagógicas não-presenciais e da alimentação dos alunos, o orçamento das prefeituras também precisa comportar a adequação e preparação das escolas de acordo com os protocolos sanitários.

Nos municípios pesquisados, apenas para aquisição de EPIs aos alunos, a projeção dos custos é de cerca de R$ 37,1 milhões, somente para as redes municipais, além de os demais custos relacionados à adaptação das escolas para atender aos protocolos para a retomada das aulas.

Estado

A rede estadual também não tem data para o retorno das aulas neste ano, segundo a Secretaria Estadual de Educação (Seduc). A pasta lançou uma pesquisa na internet para saber a opinião dos pais dos alunos sobre o retorno das aulas presenciais. O levantamento encerra nesta sexta-feira (16).

O resultado da pesquisa deve orientar a Seduc sobre a retomada das atividades. São 367 mil alunos matriculados em escolas do estado.

O orçamento previsto para a compra de EPIs aos alunos do estado é de R$ 39,4 milhões, de acordo com a CNM.

G1

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