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O que é fratura do pênis?


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Fratura peniana é uma ocorrência rara que consiste na ruptura de uma ou ambas as túnicas albugíneas, que são coberturas fibrosas que envolvem os corpos cavernosos do pênis. Às vezes, também inclui ruptura parcial ou completa da uretra ou lesão dos nervos, veias e artérias dorsais.

Quais são as causas da fratura do pênis?

P U B L I C I D A D E

A fratura peniana é causada pela aplicação de uma força bruta, rápida e mal direcionada em um pênis ereto, geralmente durante o coito vaginal violento (70-80%) ou masturbação agressiva (10-15%). A maioria das fraturas de pênis acontece quando a (o) parceira (o) que é penetrada (o) está no comando dos movimentos. Quando é o parceiro penetrante que está controlando os movimentos, ele tem melhores chances de interromper sua atividade em resposta à dor ou qualquer outro desconforto que possa levar à fratura.

Outros 10-15% dos casos de fratura peniana podem ocorrer também durante uma queda frontal em que o pênis esteja ereto ou por rolar na cama durante a fase de sono REM (durante a qual o pênis experimenta uma ereção automática). Outra situação que pode provocar uma fratura peniana ocorre quando, durante a relação sexual, o pênis sai da vagina e é pressionado com força sobre uma estrutura perineal firme.

Quais são as principais características clínicas da fratura do pênis?

Os sinais e sintomas da fratura peniana são um estalido de “quebra”, uma dor significativa nos dois terços inferiores do pênis, sangue na urina, inchaço do pênis, perda imediata da ereção, hematoma cutâneo de tamanhos variados, às vezes tomando todo o períneo, e problemas para urinar.

Os sinais e sintomas que não incluem um estalido característico ou perda rápida de ereção geralmente são devidos a outro tipo de lesão que não a fratura do pênis. Se, juntamente com o rompimento da túnica albugínea, houver lesões uretrais intensas, elas poderão causar retenção urinária.

Como o médico diagnostica a fratura do pênis?

Na maioria dos casos, o diagnóstico de fatura peniana é feito pela história clínica e exame físico, mas o médico pode também se valer de técnicas de imagens. O exame de ultrassonografia é capaz de detectar a ruptura da túnica albugínea na maioria dos casos e talvez só não encontre a lesão quando ela está localizada muito na base do pênis. Já a ressonância magnética é capaz de diagnosticar com precisão qualquer ruptura e pode ser útil nos casos em que a suspeita clínica de fratura é alta, mas a ultrassonografia não mostra qualquer lesão.

Em alguns casos, o uretrograma retrógrado (raios X contrastado da uretra) pode ser necessário para descartar ou confirmar lesão uretral concomitante. Nunca se deve passar sonda uretral quando há sangramento da uretra, por risco de tornar uma lesão uretral parcial em total. Outras condições que imitam os sintomas de uma fratura do pênis incluem uma ruptura das veias e artérias no pênis e um ligamento suspensor de ruptura.

Como o médico trata a fratura do pênis?

A fratura do pênis é uma emergência médica porque o atraso no tratamento aumenta a taxa de complicações. Como ela pode causar danos duradouros à função sexual e urinária do homem, é importante procurar atendimento médico de emergência. O reparo cirúrgico de emergência é o tratamento usual, mas há também abordagens não cirúrgicas que são, contudo, menos seguras. Toda lesão uretral importante deve ser reparada com sutura para o perfeito alinhamento da uretra, assim evitando seu estreitamento, o que invariavelmente iria diminuir o fluxo urinário.

Quais são as complicações possíveis da fratura do pênis?

Abordagens não cirúrgicas resultam em taxas de complicações de 10 a 50%, incluindo disfunção erétil, curvatura peniana permanente, danos à uretra e dor durante a relação sexual, enquanto os pacientes tratados operativamente apresentam uma taxa de complicação de 11%.

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