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“Não deixamos Satanás vencer”, explica pastor de igreja onde ocorreu massacre – Por Jarbas Aragão


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Em 5 de novembro de 2017, um homem entrou atirando na Primeira Igreja Batista de Sutherland Springs, Texas (EUA). O saldo de mortos chegou a 26, mas outros 30 ficaram feridos, alguns gravemente.

P U B L I C I D A D E

O pastor Frank Pomeroy não estava na igreja naquele domingo. Uma de suas filhas, Annabelle, 13 anos, morreu durante o ataque. “Nunca duvidei de Deus, mas foi duro”, testemunha.

“Depois de tudo o que aconteceu, cheguei a pensar: ‘Estou no fundo do poço. Minha igreja se foi, o prédio, minha liderança se foi, Annabelle se foi”, relata.

Seria mais fácil para ele desistir, talvez mudar de cidade. Mas isso não passou pela sua cabeça. “Sinto que Deus me chamou para pastorear este rebanho. O rebanho passou por um terrível ataque de lobo, mas ainda tenho um rebanho”, assegura o pastor Pomeroy.

Um ano depois, ele diz que a congregação continua a adorar e louvar a Deus toda semana. “A melhor maneira de honrar aqueles que perdemos é confiar em Deus como eles confiavam”, assegurou durante o culto deste domingo.

Eles aposentaram o prédio onde o tiroteio ocorreu e estão construindo um novo templo na parte traseira do terreno. O pastor Pomeroy disse que o local não importa. “O prédio é feito de concreto e tábuas, mas a igreja está bem aqui”, disse o líder batista, apontando para o coração. “A igreja é o povo”, insiste.

Novo templo da Primeira Igreja Batista de Sutherland Springs
Novo templo da Primeira Igreja Batista de Sutherland Springs.

O sinal em frente ao templo mantém a mesma mensagem há meses: “O mal não venceu”. Esse é o pensamento dos fiéis que permaneceram e dos que se juntaram a eles nos últimos 12 meses. Pomeroy diz que depois da tragédia, tomaram uma decisão: “Não deixamos Satanás vencer”.

“Cristo é a única resposta”

Muitos membros que continuam frequentando os cultos perderam entes queridos no tiroteio. Outros carregam as marcas no corpo. David Colbath foi baleado oito vezes naquele domingo fatídico. Após um longo tratamento, está recuperado.

“Nosso ministro de música está em uma cadeira de rodas, isso não o impede de louvar”, aponta Colbath. “Ele é tão alegre, querendo espalhar a palavra de Deus a todas as pessoas.”

O ministro da música é Kris Workman. Um tiro na espinha o deixou paraplégico. Mas todos os domingos ele canta canções de adoração com um sorriso no rosto. Levanta as mãos e invoca o nome de Deus. Sua disposição estimula os outros membros a fazerem o mesmo no culto.

Debbie Braden perdeu o marido. Ela ainda não se acostumou a chegar em casa e não vê-lo. A tristeza não afogou a sua fé. “Ainda estamos louvando a Deus, ainda estamos voltados para Ele e sabemos o que devemos fazer como igreja”, destaca. “É o que Deus quer. Precisamos sair e compartilhar a palavra e deixar as pessoas saberem que Cristo é a única resposta’”.

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