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260 de grupos organizados presos em Mato Grosso


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Desde 2016, 266 criminosos integrantes de organização criminosas já foram alvos de operações ou presos, em Mato Grosso. Essas prisões, segundo as autoridades públicas locais, são resultado de trabalhos investigativos de crimes de média e alta complexidade, que somente neste ano, levaram para a cadeia 121 bandidos. Em 2017, foram efetuadas 89 detenções e, no ano anterior, 56 prisões.

P U B L I C I D A D E

Os números são da Polícia Judiciária Civil (PJC) e foram apresentados anteontem, com a deflagração da operação “Segregare”, deflagrada em resposta aos ataques praticados contra três casas de agentes penitenciários, à sede do sindicato da categoria (Sindspen/MT) e a explosão de parte do muro da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), todos neste ano. A ação policial cumpriu mandados de prisão contra nove suspeitos, mandantes e executores, envolvidos em ações criminosas.

Assim, conforme a PJC, as operações desenvolvidas nos primeiros seis meses e começo de julho resultaram na desarticulação de organizações criminosas de roubos a bancos, ataques a órgãos e agentes públicos, defensivos agrícolas, furtos com arrombamentos de agências bancárias, tráfico de drogas e extorsão mediante sequestro.

“Aqui no Estado de Mato Grosso investimos contra as organizações criminosas. Temos um enfrentamento firme, especializado e muito técnico. E isso logicamente incomoda porque temos hoje uma força integrada, uma atuação permanente com o Sistema Penitenciário da Sejudh, Polícia Militar, Polícia Civil e Politec. Todos esses órgãos estão atuando em conjunto e prendendo pessoas que tentam burlar as leis”, afirmou por meio da assessoria de imprensa, o secretário Gustavo Garcia, titular da Sesp.

Segundo ele, as investigações são resultantes do emprego de inteligência, monitoramento e troca de informações permanentes entre as polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal, além da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), núcleos de inteligências das delegacias do interior e demais agências de inteligência, seja em território estadual ou nacional.

“Focamos no trabalho de inteligência, com o fortalecimento do nosso núcleo de inteligência e buscamos fazer ações constantes visando desarticulação de organizações criminosas. O trabalho integrado com outras instituições também foi fundamental para o sucesso das investigações”, frisou o delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Diogo Santana Souza.

Um dos trabalhos qualificados que teve intensa atuação se refere às investigações contra organizações criminosas, cujas lideranças presas em unidades penitenciárias estaduais arregimentam criminosos de fora das grades para a prática de crimes diversos, provocando também temor e pânico na sociedade, como os chamados “Salves” compartilhados via redes sociais. A maior parte dos envolvidos foi identificada e presa.

SEGREGARE – As investigações da operação “Segregare” iniciaram em março deste ano, após tiros efetuados na noite do dia 22 de março na casa de um agente penitenciário, no bairro Nova Conquista, em Cuiabá. No dia seguinte, às 6 horas, disparos foram feitos contra a sede do sindicato da categoria (Sindspen/MT). Novos disparos em duas casas de agentes ocorreram na madrugada do dia 24 de março, sendo um por volta de 01h30, na região de chácara do bairro Sucuri, Capital, e às 02h30 em uma residência no bairro Vila Arthur, em Várzea Grande.

A operação cumpriu mandados de prisão contra nove suspeitos, mandantes e executores, envolvidos nas ações criminosas. Foram sete mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão, no trabalho coordenado pela GCCO.

Imagens de explosivos, armas e mensagens encontradas em um celular apreendido com os presos, durante revistas realizadas por agentes do Sistema Penitenciário nas celas, indicam que eles também planejaram e executaram a ação criminosa contra a Sesp, em que parte do muro da secretaria foi explodido no dia 18 de abril.

O delegado Diogo Santana destacou que a intenção dos criminosos era matar agentes prisionais. Os alvos da operação foram cinco mandantes apontados como lideranças de alto escalão de uma facção criminosa. Segundo a polícia, foram eles que ordenaram os ataques praticados por membros de menor escalão, que estão do lado de fora da cadeia. Quatro dos líderes já estavam presos, sendo eles, João Luiz Baranoski, o “Lobo”, detido na PCE, Ciclenio Lourenço de Araújo, o “Timpa” (PCE), Joabe Pereira Marcondes, o “G3” (Àgua Boa) e Gabriel Antônio Rosa (Tangará da Serra).

O quinto, Paulo César da Silva, o “Petróleo”, é um dos principais chefes da facção que foi solto recentemente. Ele foi preso na cidade de Sorriso, na última sexta-feira, na cidade de Sorriso e transferido sábado para Cuiabá. Os demais alvos são: Benedito Diogo da Silva (PCE), Welliton Oliveira Marques, Eduardo da Silva Gonçalves e Telmo de Oliveira Barboza.

Segundo a investigação, os criminosos criaram um grupo no aplicativo Whatsapp denominado “Vamos para cima” para planejar os ataques entre as pessoas ligadas direta e indiretamente a ação criminosa.

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