Gislaine Morais & Isadora Sousa/VGN

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), afirmou na noite dessa sexta-feira (19.12) que não existe acordo firmado com o Governo do Estado para o pagamento das emendas parlamentares e garantiu que o processo segue dentro do prazo legal. A declaração foi dada durante a inauguração do Hospital Central, em Cuiabá.

Questionado sobre um possível entendimento entre Executivo e Legislativo, o presidente da Assembleia disse que a Casa tem até (30.) para votar o orçamento e que o Governo dispõe do mesmo prazo para empenhar as emendas. Segundo ele, por serem impositivas, não há risco de descumprimento. “Não tem acordo. A Assembleia tem até o dia 30 para votar o orçamento e o Governo tem até o dia 30 para fazer o empenho das emendas. As emendas são impositivas e está caminhando bem”, afirmou.

Russi disse esperar avanço até a próxima segunda-feira (22), mas ressaltou que, se necessário, os deputados estão dispostos a ampliar o calendário de votações. “Se não avançar, os deputados estão dispostos a vir dias 27 e 28, fazer sessões à noite e até no sábado. Queremos vencer o ano votando o orçamento e as pautas importantes”, declarou.

Entre os projetos citados, o presidente destacou o Data Sim e o incentivo ao programa Voo MT. Para ele, o estímulo à aviação regional é essencial diante do alto custo e da dificuldade de voos no Estado. “Esse incentivo é muito importante. Nós vamos aprovar ainda este ano, se precisar de uma, duas ou mais sessões, porque traz benefício direto à população”, disse.

Sobre a possibilidade de o orçamento ser votado apenas em 2026, Max Russi afirmou não acreditar nesse cenário. “O interesse é de toda a Assembleia. Queremos limpar a pauta e votar o orçamento ainda este ano. Eu vejo como quase impossível que isso fique para o ano que vem”, afirmou.

Indagado também sobre a solicitação do governador Mauro Mendes (União) para suplementação no duodécimo dos poderes, o presidente da Assembleia negou que tenha havido aumento de orçamento. Segundo ele, não houve suplementação para a Assembleia, Ministério Público ou Tribunal de Contas. “Não teve orçamento a mais para nenhum poder. Está tudo dentro da normalidade”, explicou.

Russi acrescentou que o tema não foi tratado nas reuniões com o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, e que sua atuação ocorre em defesa dos 24 deputados. “Se um deputado tiver seu direito não atendido, eu tenho que defender. Essa é a minha obrigação como presidente”, disse.

Por fim, o presidente reforçou que as emendas impositivas são uma obrigação legal e que o Governo está dentro do prazo. “Quando isso for feito, os projetos andam com mais tranquilidade. A relação com a Casa Civil é boa, mas sempre vou me posicionar na defesa daqueles que me escolheram para presidir a Assembleia”, concluiu.

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