O governador Mauro Mendes (União) voltou a defender Jair Bolsonaro (PL), cuja prisão por 27 anos por tentativa de golpe foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, na terça-feira (25).

Em entrevista ao portal UOL, o chefe do Paiaguás lamentou a prisão do aliado e afirmou que "não viu" golpe de Estado para que o ex-presidente fosse condenado e preso.

 "Eles até podem até ter imaginado, mas, na prática, não fizeram [o golpe], disse o governador, se referindo ao ex-presidente, a generais, ex-ministro e políticos condenados e presos. 

Mauro disse acreditar na inocência do ex-presidente, assim como dos vândalos que depredaram as sedes do Congresso, do Supremo e do Governo, em 8 de janeiro de 2023.

Para ele, essas pessoas - que pediam intervenção militar, queriam barrar a posse de Lula (PT) e a manutenção de Bolsonaro no poder - estavam "cansadas" da "velha política". 

No sábado (22), após a prisão do ex-presidente por violação de tornozeleira eletrônica, Mauro afirmou que "a Justiça precisa ser restabelecida para o bem do nosso país".

Quando nada, ele repetiu o discurso de líderes da extrema-direita, que dizem que Bolsonaro é "perseguido político", que o a Suprema Corte age "por vingança" e que o Brasil é "uma ditadura".

Vale registrar que a condenação se deu com base em investigação da Polícia Federal e denúncia da PGR.

Para analistas, MM não desistiu de obter o apoio público do ex-presidente ao seu projeto de tentar se eleger senaaador em 2026.

Nesse caso, não importaria o fato de Bolsonaro já ser considerado um criminoso, que atentou contra a democracia e ainda pode receber o "selo" de presidiário.


Veja a entrevista:



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