
O Brasil segue como maior exportador de café do mundo, mesmo com redução no volume embarcado em 2025. Entre janeiro e outubro, o país exportou 33,28 milhões de sacas de 60 kg, o que representa uma queda de 20,3% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram enviadas 41,77 milhões de sacas ao exterior.
Apesar do recuo em volume, a receita cambial cresceu 27,6%, atingindo US$ 12,715 bilhões, contra US$ 9,96 bilhões registrados no mesmo intervalo do ano passado. O aumento da receita é reflexo da valorização internacional da commodity, que elevou os preços e manteve o café brasileiro em posição de destaque no comércio global.
Arábica lidera exportações e mantém protagonismo
A espécie Coffea arabica segue dominando as exportações brasileiras, respondendo por 79,9% do volume total — o equivalente a 26,60 milhões de sacas. Já o Coffea canephora (conilon e robusta) representou 10,5%, com 3,51 milhões de sacas exportadas no período.
O café solúvel também manteve participação relevante, somando 3,11 milhões de sacas equivalentes, o que corresponde a 9,3% das vendas externas em 2025. Esses números reforçam a diversificação da pauta exportadora e o bom desempenho do segmento industrial do café.
Exportações em outubro registram menor volume, mas receita em alta
Considerando apenas o mês de outubro de 2025, o Brasil embarcou 4,14 milhões de sacas, queda de 20% em comparação às 5,17 milhões de sacas registradas no mesmo mês de 2024. Mesmo com a redução nas vendas físicas, a receita cambial subiu 12,6%, passando de US$ 1,47 bilhão para US$ 1,65 bilhão.
No recorte mensal, o café arábica manteve sua liderança, com 2,96 milhões de sacas exportadas, o que corresponde a 79% do total. O canephora (conilon e robusta) respondeu por 13%, com 489,68 mil sacas, enquanto o café solúvel representou 8%, totalizando 290 mil sacas enviadas ao exterior.
Valorização global impulsiona resultados
A alta nas receitas evidencia o forte desempenho do café brasileiro no mercado internacional, sustentado pela demanda aquecida e pela valorização dos preços da commodity. Mesmo com menor volume embarcado, os valores recordes reforçam a competitividade do país e o reconhecimento internacional da qualidade do produto nacional.
O Brasil, além de líder global em exportação, consolida-se como referência na produção sustentável e na padronização de qualidade, fatores que continuam impulsionando o agronegócio cafeeiro no cenário mundial.
Fonte: Portal do Agronegócio

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