
O mercado doméstico de algodão encerrou a semana com movimentos distintos entre as principais regiões produtoras. Segundo análise da Safras Consultoria, ajustes técnicos, clima e volatilidade das commodities influenciaram diretamente o comportamento dos agentes de compra e venda. A liquidez permaneceu apenas moderada, reflexo da postura seletiva dos compradores e da cautela dos vendedores diante dos preços ofertados.
No cenário internacional, a oscilação das bolsas e as variações cambiais também contribuíram para um ambiente de maior prudência. O balanço semanal registrou pequenas oscilações, com leve viés de alta em algumas praças e pequenas correções em outras.
Preços mostram pequenas quedas em São Paulo e Mato Grosso
Em São Paulo, o algodão posto indústria foi comercializado a R$ 3,48 por libra-peso, recuo de 0,57% na comparação com a semana anterior, quando era negociado a R$ 3,50/libra-peso.
Em Rondonópolis (MT), a pluma foi vendida a R$ 3,31 por libra-peso, equivalente a R$ 109,33 por arroba. Houve desvalorização semanal de 0,24%, uma vez que na semana anterior o preço estava em R$ 109,57 por arroba.
Safra brasileira de algodão em pluma deve recuar em 2025/26, aponta Conab
Produção nacional estimada em pouco mais de 4 milhões de toneladas
De acordo com o 2º Levantamento da Conab, a safra brasileira de algodão em pluma para 2025/26 está estimada em 4,027 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo das 4,076 milhões de toneladas produzidas em 2024/25.
A produtividade média esperada é de 1.885 kg/ha, também inferior aos 1.954 kg/ha registrados na temporada anterior.
Área plantada cresce; Mato Grosso segue liderando
Apesar da queda na produtividade, a área plantada com algodão deverá aumentar 2,4%, alcançando 2,137 milhões de hectares, ante 2,086 milhões de hectares em 2024/25.
O Mato Grosso, maior produtor nacional, deve colher 2,767,3 milhões de toneladas, retração de 3% em relação ao ciclo anterior, quando alcançou 2,852,1 milhões de toneladas.
Bahia avança, Goiás tem leve recuo
Segundo a Conab, a Bahia, segunda maior produtora do país, deverá colher 859,4 mil toneladas, aumento de 2,5% sobre as 838,4 mil toneladas de 2024/25.
Já Goiás deve registrar produção de 54,6 mil toneladas, queda de 1,1% frente às 55,2 mil toneladas colhidas na temporada passada.
Fonte: Portal do Agronegócio

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