Por meio da Nota Técnica nº 003/2025, o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES) listou orientações a consumidores e fornecedores para garantir a autenticidade das bebidas comercializadas no Estado. A iniciativa foi necessária diante do aumento de casos de intoxicação provocados por bebidas alcoólicas adulteradas no país.
A intoxicação por metanol resultou na morte de pessoas e internação de outras, após a ingestão de bebidas alcoólicas que continham metanol, substância química utilizada como solvente e na fabricação de combustíveis e tintas, altamente tóxica e imprópria para consumo humano. A ingestão pode causar dor de cabeça intensa, náusea, visão turva, tontura e, em casos graves, levar à cegueira ou à morte.
Diante do número considerável de bebidas falsificadas, a indústria está investindo em técnicas que permitem verificar a autenticidade das garrafas. Informações obrigatórias nos rótulos, origem, lote, data de produção e fornecedor são algumas das informações obrigatórias.
Segundo a nota emitida pelo Procon, estes são alguns dos sinais que podem indicar a falsificação das bebidas:
- Lacres quebrados, tampas violadas ou rótulos de má qualidade;
- Informações borradas ou com erros ortográficos;
- Ausência do selo fiscal/papel-moeda;
- Preços muito abaixo do mercado;
- Alterações de cor, cheiro ou sabor no consumo;
- Falta do registro do Mapa no rótulo.
O órgão recomenda não reutilizar garrafas. Ao fazer o descarte, é importante quebrar ou inutilizar a embalagem para evitar que falsificadores a reaproveite. Uísque, gim, vodca e cachaça estão entre as bebidas mais falsificadas.
Recomendações aos comerciantes
- Comprar apenas de fornecedores legalizados, sempre com nota fiscal;
- Manter cadastro atualizado de fornecedores para garantir rastreabilidade;
- Conferir rótulos, lacres e procedência dos lotes;
- Guardar comprovantes, recibos e imagens de CFTV para eventual colaboração com as autoridades.
O que fazer em caso de suspeita
- Consumidores: não consumir a bebida e denunciar ao Procon-ES, à Vigilância Sanitária ou à Polícia Civil.
- Comerciantes: suspender imediatamente a venda do lote suspeito e comunicar as autoridades.
- Sintomas de intoxicação: procurar atendimento médico imediato.

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