Implantes não impedem o diagnóstico, mas exigem atenção redobrada com os exames e acompanhamento médico. A informação é a melhor forma de prevenção.

O Outubro Rosa é um convite à conscientização e ao autocuidado. Um lembrete de que o câncer de mama não escolhe idade, profissão ou estilo de vida — mas que a prevenção pode mudar toda a história. E, entre tantas mulheres que se dedicam ao trabalho, à família e aos sonhos, há uma dúvida recorrente: quem tem prótese de silicone deve se preocupar mais com o câncer de mama?

Segundo a cirurgiã plástica Dra. Pamela Massuia, com mais de 3 mil cirurgias realizadas, os implantes não aumentam o risco de desenvolver câncer de mama, mas requerem um acompanhamento específico. “A prótese não causa câncer. O que acontece é que, em alguns casos, ela pode dificultar um pouco a visualização durante os exames. Por isso, é essencial avisar o radiologista e manter um acompanhamento regular com seu mastologista”, explica.

A médica reforça que existem técnicas seguras para exames em mulheres com implantes, como o deslocamento do silicone durante a mamografia e o uso de ultrassom ou ressonância magnética quando há necessidade de maior precisão. “Nenhuma mulher deve deixar de fazer seus exames por medo da prótese. Os avanços tecnológicos permitem que o diagnóstico continue eficaz, mesmo com o implante”, completa.

Nos últimos anos, dois tipos raros de tumores foram associados às cápsulas que envolvem as próteses: o BIA-ALCL, um linfoma anaplásico de grandes células, e o carcinoma espinocelular da cápsula — ambos extremamente raros, com poucos casos confirmados no mundo. “Essas situações chamam a atenção justamente porque são exceções. A informação é o que salva vidas — não o medo. Quando a mulher conhece o próprio corpo, percebe qualquer mudança e procura ajuda rapidamente, as chances de cura ultrapassam 90%”, ressalta Pamela.

Entre os sinais de alerta que merecem avaliação médica estão mudanças no formato das mamas, endurecimento, dor, inchaço, acúmulo de líquido ou caroços próximos ao implante. Nesses casos, a recomendação é realizar exames complementares e não ignorar nenhum sintoma.

A periodicidade também muda com o tempo: após 10 anos de colocação do implante, a ressonância magnética é o exame mais indicado para avaliar tanto a integridade da prótese quanto o tecido mamário ao redor — e deve ser repetida a cada 2 ou 3 anos, mesmo sem sintomas.

Para a Dra. Pamela, cuidar da saúde é um ato de amor e estratégia de performance: “A mulher moderna cuida de tantas áreas da vida — carreira, filhos, casa, projetos — e muitas vezes se deixa em último plano. A prevenção é uma forma de continuar vivendo tudo isso com energia, segurança e tranquilidade. Detectar cedo é garantir mais tempo, mais cura e mais vida.”

Mais do que um mês de conscientização, o Outubro Rosa é um lembrete contínuo: quem tem prótese de mama não deve vê-la como um obstáculo, mas como um detalhe que exige atenção. Fazer os exames, cuidar da própria saúde e manter a história em movimento — essa é a verdadeira essência do autocuidado.

 


Sobre Dra. Pamela Massuia

Dra. Pamela Massuia é cirurgiã plástica especializada em procedimentos faciais e corporais, com mais de 3 mil cirurgias realizadas. Com expertise em mastopexia em L, prótese de recuperação rápida, abdominoplastia, lipoaspiração com tecnologia e procedimentos minimamente invasivos, ela também se destaca em cirurgias íntimas femininas, como a ninfoplastia. Seu compromisso vai além da estética: ela acredita que a cirurgia plástica deve proporcionar mais bem-estar e qualidade de vida para suas pacientes.

Além disso, como mulher e especialista na área, Dra. Pamela percebe que muitas pacientes se sentem mais confortáveis ao conversar sobre suas inseguranças e incômodos em relação à região íntima, o que permite uma abordagem mais humanizada e acolhedora. Em muitos casos, a ninfoplastia pode ser associada a outros procedimentos, como a lipoaspiração da região pubiana, garantindo um resultado mais harmônico.

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