
Com recordes de movimentação e adesão crescente, o Pix se prepara para ganhar uma versão parcelada que deve mudar a dinâmica do consumo no Brasil. A medida amplia o acesso ao crédito digital, favorece a inclusão financeira e promete acelerar o comércio eletrônico, projetado para movimentar R$ 234 bilhões em 2025. Esse avanço cria um efeito em cadeia no mercado imobiliário: a expansão do e-commerce exige mais galpões logísticos modernos e bem localizados, beneficiando investidores e fundos imobiliários que já têm esses ativos em suas carteiras.
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Outubro, 2025 – O Pix, sistema de pagamentos instantâneos, segue batendo recordes no Brasil. No último mês, alcançou a marca histórica de R$ 165 bilhões movimentados em um único dia, com 290 milhões de transações, de acordo com o Banco Central. Esse alcance deve ganhar ainda mais relevância com a chegada do Pix Parcelado, prevista para este semestre, que funcionará como alternativa de crédito para cerca de 60 milhões de brasileiros atualmente sem acesso a cartão. Segundo o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a modalidade vai estimular o uso do Pix no varejo para compras de bens e serviços e, especialmente, aquelas que têm valor mais elevado que demandam esse tipo de parcelamento.
Embora a regulamentação da modalidade, inicialmente prevista para este semestre, tenha sido adiada pelo Banco Central, a expectativa é que a modalidade amplie o acesso ao crédito digital e acelere o crescimento do e-commerce, projetado para movimentar R$ 234 bilhões em 2025, segundo a ABComm. Um dos setores mais beneficiados por esse movimento será o de galpões logísticos, já que toda essa expansão das vendas on-line exige mais espaços para armazenagem e distribuição rápida de mercadorias.
“A diferença em relação ao cartão de crédito é clara: no cartão, o lojista só recebe o valor parcelado aos poucos e o consumidor pode enfrentar juros embutidos no preço final, além de taxas altíssimas no rotativo caso não pague a fatura integral, uma das linhas de crédito mais caras do mercado. Já no Pix Parcelado, o lojista recebe o valor total na hora, enquanto o consumidor faz o pagamento em parcelas diretamente ao banco, com juros definidos pela instituição. Isso torna a operação mais transparente e com custos operacionais menores, o que aumenta a taxa de conversão nas vendas digitais. Essa dinâmica pressiona a cadeia logística, que precisa estar preparada com estruturas modernas e bem localizadas para atender ao novo ritmo do varejo. Apenas no primeiro semestre do ano, movimentamos R$ 96 milhões em negociações de galpões e terrenos”, explica Renato Monteiro, CEO da Sort Investimentos, empresa que administra atualmente mais de R$ 3 bilhões em ativos logísticos no país.
Além do impacto direto no setor logístico, há reflexos para os investidores de fundos imobiliários listados em Bolsa, que têm em seus portfólios grande parte desses ativos. “É muito improvável que o e-commerce cresça sem que a logística acompanhe. O aumento da demanda por galpões é praticamente automático, e quem investir nesse segmento tende a colher bons resultados”, reforça o executivo.
Consumidor digital ganha novas opções de crédito
Pesquisas de mercado apontam que mais de 70% dos brasileiros preferem parcelar suas compras, mesmo quando há cobrança de juros. O Pix Parcelado surge como uma alternativa mais acessível, por não depender de limite de cartão de crédito e oferecer uma experiência simplificada no ambiente digital. Para o varejo on-line, isso significa maior alcance, melhor taxa de conversão e um impulso importante para o crescimento do setor”, conclui Monteiro.
O parcelamento por meio do Pix já é ofertado por várias instituições financeiras, uma linha de crédito formal, mas o BC vai padronizar, a partir deste mês, as novas regras.
Sobre o Grupo Sort
O Grupo Sort é comandado por Renato Monteiro e reúne empresas dos segmentos imobiliário, tecnologia, indústria e varejo, entre elas a Fast Sale, a Divvy Investimentos, a PipeImob Tecnologia, a Sort Empreendimentos e a Sort Investimentos. Com mais de R$ 8 bilhões em ativos sob assessoria, o grupo se destaca pela seleção e gestão de imóveis voltados a investidores de diferentes perfis, com forte atuação no mercado de galpões logísticos. Atualmente, administra mais de R$ 3 bilhões em ativos nesse segmento, com taxa de vacância inferior a 3% e crescimento expressivo em negociações de terrenos e empreendimentos logísticos em todo o país.

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