Proposta foi motivada pela confirmação de dois casos da doença em Primavera do Leste e pela baixa cobertura vacinal no estado, abaixo da meta nacional de 95%.

Rojane Marta/VGN

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Max Russi (PSB), solicitou ao Governo do Estado o reforço das ações de prevenção, monitoramento e vacinação contra o sarampo. A proposta tem foco em municípios de fronteira e regiões com baixa cobertura vacinal e sugere a realização de campanhas de imunização em escolas, para ampliar o alcance entre crianças e adolescentes.

O pedido foi feito após a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) confirmar, em setembro, dois casos de sarampo em Primavera do Leste, associados a viagem internacional e ausência de imunização. Segundo dados oficiais, a cobertura vacinal em Mato Grosso é de 88% na primeira dose e 65% na segunda, abaixo da meta de 95% definida pelo Ministério da Saúde.

Na justificativa da Indicação nº 5152/2025, Max Russi alertou para o risco de reintrodução do vírus no estado e defendeu uma ação rápida e coordenada entre o governo e os municípios. “É fundamental garantir que Mato Grosso não volte a conviver com surtos de sarampo. Precisamos reforçar a vigilância ativa, ampliar a imunização e levar a vacina até onde a população está, principalmente nas escolas e nas fronteiras”, afirmou.

A indicação propõe medidas como bloqueio vacinal imediato em casos confirmados e suspeitos, campanhas educativas permanentes nas comunidades escolares, vacinação em escolas, ampliação da oferta da dose zero para bebês de 6 a 11 meses e 29 dias, monitoramento contínuo da cobertura vacinal e reforço da vigilância em áreas limítrofes com a Bolívia, além de apoio técnico aos municípios na investigação de novos casos.

O deputado destacou que a prevenção é a principal forma de conter o avanço da doença. “A vacinação é segura, eficaz e gratuita. O poder público deve garantir que nenhuma criança fique sem a imunização por falta de acesso ou informação”, completou.

A proposta foi encaminhada ao governador Mauro Mendes, ao secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, e ao secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, para análise e adoção das medidas recomendadas.