O projeto amplia o acesso à reabilitação e reforça o cuidado humanizado na rede de saúde local.


Pacientes internados no Hospital Municipal Dr. Claudionor Couto Roriz, em Ji-Paraná, Rondônia, agora contam com atendimento gratuito de fisioterapia respiratória e motora, graças a uma parceria entre a Prefeitura e a Estácio Unijipa. A iniciativa resultou na implantação de uma nova clínica dentro do hospital, fortalecendo a rede pública de saúde e contribuindo para acelerar a recuperação e reduzir o tempo de internação dos pacientes.


O trabalho integrado faz parte das atividades de estágio supervisionado do curso de Fisioterapia, realizadas a partir do sétimo semestre, e busca unir aprendizado prático com responsabilidade social.


Segundo Giselle Helena Gonçalves, professora e coordenadora do curso, o atendimento ocorre nas enfermarias, na UTI e na sala de fisioterapia montada pela Estácio, equipada com macas, escada, tablado, bolas suíças, aparelhos de eletroterapia e equipamentos de fisioterapia respiratória.


“Hoje temos grupos de cerca de seis alunos por supervisor, o que garante acompanhamento próximo e orientação técnica constante. Essa dinâmica permite desenvolver as competências clínicas e humanas que o futuro profissional precisa para atuar com segurança”, destaca Giselle.


A professora explica que os benefícios da clínica já podem ser percebidos na rotina hospitalar. O acompanhamento diário tem ajudado na reabilitação de pacientes que passaram longos períodos acamados ou em recuperação pós-cirúrgica, devolvendo autonomia e qualidade de vida.


“Os resultados são evidentes: melhor recuperação funcional, redução do tempo de internação e melhora na qualidade de vida. Além disso, o atendimento domiciliar evita gastos para famílias que não poderiam custear fisioterapia, ampliando o acesso ao cuidado”, afirma.


Compromisso social - Além de contribuir para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), o projeto tem impacto direto na formação dos estudantes. A vivência prática dentro de um hospital público permite que os acadêmicos compreendam, de forma concreta, o papel social da fisioterapia.


“Essa experiência ajuda o aluno a desenvolver empatia, raciocínio clínico e responsabilidade profissional. Ele aprende a olhar o paciente como um todo, entendendo que reabilitar também é acolher e devolver qualidade de vida”, ressalta Giselle.


A parceria com o Hospital Municipal é uma das quatro frentes de estágio desenvolvidas em conjunto com órgãos públicos de Ji-Paraná, e novas propostas já estão em estudo.


“Além do hospital, nossa parceria já alcança outros três órgãos municipais. Estamos avaliando novas frentes de estágio e projetos de extensão que ampliem o impacto da fisioterapia em ações comunitárias e pesquisas aplicadas”, adianta a professora.


Jéssica Gatti - Jornalista  da Agência Eko de Comunicação