PORTO VELHO - A operação policial na Assembleia Legislativa de Rondônia é resultado de investigações que apontam que, naquela Casa de Leis, opera uma estrutura criminosa que utilizava cargos fantasmas para desviar verbas. Um servidor público atuava como líder e articulador do grupo, responsável pelo recrutamento, comando das operações e planejamento dos crimes.
De acordo com fontes deste www.expressaorondonia.com.br, os alvos da operação policial na manhã desta sexta-feira, na Assembleia Legislativa de Rondônia são os gabinetes dos deputados Edevaldo Neves e o ex-presidente da Casa, deputado Marcelo Cruz.
Ainda não há informações sobre prisão ou imposição de medidas cautelares a algum deputado.
A Justiça decretou a prisão preventiva do líder da organização, bem como buscas e apreensões em oito endereços residenciais e na Alero. Foram impostas medidas cautelares, incluindo suspensão de três servidores por 90 dias, proibição de acesso a repartições públicas e contato com vítimas e testemunhas.
A operação 'Ouro de Areia' da 2ª delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco2) da Polícia Civil de Rondônia, com integrantes da Decco, grupo de apoio e combate a Corrupção do Ministério Público, objetiva desmantelar esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro que afetou as finanças estaduais e instituições bancárias.
Como funciona o esquema
Servidores foram nomeados para cargos comissionados de assessor, recebendo remuneração mensal, mas há indícios de que nunca exerceram qualquer função, continuando a trabalhar em outros locais. Além disso, integrantes do esquema realizaram empréstimos consignados junto ao Banco do Brasil, cujos valores eram rapidamente distribuídos entre os participantes da rede criminosa.
O nome da operação reflete o crime investigado: “ouro de areia” é uma falsificação que aparenta valor onde não existe. Da mesma forma, o esquema de funcionários fantasmas criava a ilusão de legitimidade — nomeações, salários e documentos oficiais encobrindo o vazio de funções inexistentes e o desvio de recursos públicos para fins ilícitos.
A Polícia Civil de Rondônia reafirma seu compromisso com a transparência, a ética e o combate firme à corrupção, garantindo que os recursos públicos sejam aplicados em benefício da sociedade.
fonte: www.expressaorondonia.com.br
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