
O mercado brasileiro de milho atravessou mais uma semana de lentidão nas negociações. De acordo com a Safras Consultoria, produtores até têm avançado na fixação da oferta do cereal, mas seguem firmes em manter suas pedidas de preços em diversas regiões do país.
Do lado comprador, a postura é de cautela. Consumidores demonstram tranquilidade em relação ao abastecimento, adquirindo apenas volumes pontuais para suprir necessidades imediatas.
Dólar e exportações influenciam estratégia dos agentes
A variação cambial também pesa nas decisões de venda. Com o dólar próximo a R$ 5,30, a paridade de exportação acaba impactando o ritmo de comercialização.
No cenário externo, a Bolsa de Chicago registrou desempenho mais positivo na semana, influenciado por três fatores principais:
- Produtividade abaixo do esperado nos EUA, em meio ao avanço da colheita;
- Retomada dos impostos de exportação na Argentina, após o país atingir o limite de US$ 7 bilhões em vendas;
- Demanda aquecida pelo milho norte-americano, com vendas líquidas semanais acima das expectativas do mercado.
Preços internos do milho apresentam oscilações regionais
Segundo levantamento da Safras Consultoria, o preço médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 63,21 em 25 de setembro, praticamente estável frente à semana anterior (R$ 63,24).
Confira as cotações regionais:
- Cascavel (PR): R$ 60,00/saca (estável);
- Campinas/CIF (SP): R$ 67,50/saca (estável);
- Mogiana (SP): R$ 61,00/saca (estável);
- Rondonópolis (MT): R$ 61,00/saca (queda de 1,61%);
- Erechim (RS): R$ 72,00/saca (alta de 1,41%);
- Uberlândia (MG): R$ 63,00/saca (estável);
- Rio Verde (GO): R$ 57,00/saca (estável).
Exportações brasileiras registram crescimento em setembro
Os embarques de milho seguem firmes no mercado externo. Em setembro, até o dia 25 (15 dias úteis), as exportações somaram US$ 937,143 milhões, com média diária de US$ 62,476 milhões.
O volume total exportado alcançou 4,730 milhões de toneladas, o que corresponde a uma média diária de 315,376 mil toneladas. O preço médio da tonelada foi de US$ 198,10.
Na comparação com setembro de 2024, os resultados mostram avanço:
- +5,0% no valor médio diário;
- +3,1% na quantidade média exportada;
- +1,8% no preço médio da tonelada.
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Fonte: Portal do Agronegócio
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