Com o nome de Robin W, o atirador teria publicado manifestos em russo e em inglês, com slogans pro-trans e pro-comunistas, junto a declarações anti-Trump, anticristãs e anti-Israel. /// Reprodução/X

Porto Velho, RO - Na manhã de quarta-feira, 27 de agosto, em Minneapolis, um indivíduo fortemente armado disparou contra as pessoas que estavam em uma igreja que abriga uma escola católica. O ataque ocorreu enquanto um culto escolar estava sendo realizado, com crianças presentes nas fileiras de bancos da igreja.

Duas crianças, com idades de oito e dez anos, perderam a vida no local do atentado. Além disso, quatorze outras crianças, entre seis e quinze anos, e três adultos, sofreram ferimentos, embora todos estejam fora de perigo iminente, conforme informações divulgadas pela polícia.

Após o ataque, o autor se suicidou no estacionamento da escola. As autoridades relataram que ele estava armado com um rifle, uma espingarda e uma pistola, todas adquiridas legalmente. As investigações preliminares indicam que o atirador agiu sozinho.

A Annunciation Catholic Church, onde ocorreu a tragédia, é frequentada por aproximadamente 400 alunos, sendo que muitos são ainda da educação infantil.

Identificação do atirador

O chefe da polícia de Minneapolis, Brian O’Hara, identificou o autor dos disparos como Robin W., um homem de 23 anos sem antecedentes criminais.

Segundo relatos da mídia, Robin havia mudado seu nome de Robert W. para Robin W. em 2020 e se identificava como uma pessoa trans.

Informações adicionais sugerem que Robin frequentou a Annunciation Catholic Church e que sua mãe trabalhou na escola até 2021. Ele residia nas proximidades do local do ataque.

As motivações por trás do ato violento permanecem incertas. O FBI está investigando se os disparos podem ser classificados como um ato de terrorismo doméstico ou crime de ódio direcionado à comunidade católica.

Armas e munições foram vistas em vídeos que os investigadores consideram um manifesto pessoal; este conteúdo foi removido da internet com o auxílio do FBI. Detalhes adicionais revelam que Robin havia feito anotações nas armas utilizadas no ataque.

Com o nome de Robin W, o atirador teria publicado manifestos em russo e em inglês, com slogans pro-trans e pro-comunistas, junto a declarações anti-Trump, anticristãs e anti-Israel.

Os investigadores relataram que o material inclui “textos perturbadores” e indica que Robin lutava contra problemas relacionados à depressão e tinha interesse em massacres armados anteriores.

A Secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, mencionou em uma postagem nas redes sociais três frases que estariam escritas em uma das armas: “Para as crianças”, “Onde está seu Deus?” e “Mate Donald Trump”

Reações políticas e condolência papal

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou sua preocupação através de sua rede social Truth Social, expressando solidariedade às vítimas e determinando que as bandeiras nos edifícios governamentais sejam hasteadas a meio-mastro até domingo como sinal de luto.

O governador de Minnesota, Tim Walz, descreveu o evento como uma “violência horrenda” em suas declarações nas redes sociais.

O prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, ao falar em uma coletiva na frente da escola afetada, expressou sua dificuldade em encontrar palavras adequadas para descrever a “tragédia” e a “dor” provocadas pela situação.

Papa Leão XIV também se manifestou sobre o ocorrido enviando condolências às famílias das vítimas através de um telegrama ao arcebispo de Saint Paul e Minneapolis.

Ele expressou profunda tristeza pela perda de vidas e pelas pessoas feridas durante o culto na Annunciation Church.


Fonte: O Antagonista