EUA anunciaram na quarta-feira a restrição de vistos para estrangeiros, incluindo autoridades, que "censuram" norte-americanos



Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (29), Martin de Luca, advogado da Trump Media e Rumble, afirmou que seria mais "produtivo" entender o motivo das sanções norte-americanas a autoridades estrangeiras do que "negar o inegável".

"O que seria muito mais produtivo do que minimizar ou negar o inegável, ou defender o indefensável, seria o seguinte: por que isso está acontecendo? Por que isso chegou a esse ponto? Como podemos evitar que isso piore? Quais são as raízes que criaram essa situação?", afirmou De Luca durante o CNN 360º.

Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira (28) a restrição de vistos para estrangeiros, incluindo autoridades, que "censuram" norte-americanos.

O anúncio foi feito por Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, em uma publicação no X. Na postagem, ele chegou a citar a América Latina, mas não deu detalhes sobre a nova medida.

De Luca já havia afirmado à CNN que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “entrou na fase da negação” sobre a questão.

O advogado esteve à frente da defesa do Rumble no embate envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com a rede social. A plataforma chegou a ser bloqueada no Brasil após decisão do ministro.

Ainda em entrevista ao CNN 360º, De Luca disse entender haver uma “grande movimentação” do Itamaraty e da embaixada do Brasil nos EUA.

Sem citar Moraes, o advogado do conglomerado empresarial de Donald Trump questionou a existência de “outros ministros” encaminhando “ordens sigilosas”.

“Tem outros ministros do Supremo Tribunal Federal que encaminharam ordens judiciais sigilosas para empresas americanas dentro do governo americano para censurar cidadãos americanos e bloquear a monetização de contas dentro dos Estados Unidos, ou esse é o único que fez isso?”, pergunta.

Em conversa com a CNN em fevereiro deste ano, De Luca chegou a dizer que as ações de Moraes contra a Rumble eram se precedentes. A rede de vídeos e o grupo Trump Media processam ministro sob acusação de censura e violação da lei dos EUA.

Como apurou a CNN, a diplomaria brasileira avalia que a medida é menos abrangente do que a que ele próprio havia anunciado na semana passada.

Questionado sobre a restrição durante audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara nesta quarta-feira, o chanceler Mauro Vieira, ministro da pasta responsável, afirmou que a emissão de vistos é uma soberania de cada país.


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