Em maio, mês de conscientização da esclerose múltipla, o laboratório Igenomix, do Vitrolife Group, alerta para os efeitos desta doença autoimune na saúde reprodutiva e reforça a importância de estratégias integradas entre neurologia e medicina reprodutiva. Em 30 de maio ocorre o Dia Mundial da Esclerose Múltipla
A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica e autoimune que afeta jovens adultos, especialmente mulheres. Dados da Federação Internacional de Esclerose Múltipla (MSIF) apontam que cerca de 7 em cada 10 pessoas (69%) que recebem o diagnóstico da doença são mulheres, sugerindo um papel dos hormônios no processo de esclerose múltipla. A prevalência é maior entre os 20 e 40 anos de idade, justamente na fase reprodutiva, embora possa ocorrer em qualquer faixa etária. As ações de conscientização sobre a doença acompanham todo o mês, com momento especial em 30 de maio: o Dia Mundial da Esclerose Múltipla.
A esclerose múltipla (EM) é uma das doenças mais comuns do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Atualmente, mais de 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo convivem com o EM. Sua ação é inflamatória e desmielinizante. Isso significa que é causada por danos à mielina, a camada protetora de gordura que envolve as fibras nervosas, semelhante ao isolamento de um fio elétrico. No sistema nervoso central, as células nervosas transmitem mensagens entre o cérebro e a medula espinhal e os órgãos e membros do corpo. Elas controlam tudo o que é feito, desde como as pessoas se movem, até como pensam e sentem.
Embora a maior parte das discussões gire em torno dos efeitos motores e cognitivos da condição, estudos recentes vêm destacando um impacto ainda pouco debatido: as implicações da EM e de seu tratamento diante da fertilidade. Embora a esclerose múltipla não cause infertilidade diretamente, seus desdobramentos clínicos, medicamentosos e psicológicos podem interferir de forma relevante na saúde reprodutiva de mulheres e homens.
“O manejo reprodutivo em pacientes com EM exige uma abordagem multidisciplinar que integre neurologia, endocrinologia e reprodução assistida. Imunomoduladores, imunossupressores e até mesmo a evolução natural da doença podem afetar o eixo hormonal ou a função gonadal. Além disso, o estresse crônico e a própria incerteza do diagnóstico frequentemente adiam planos reprodutivos, tornando essencial a discussão precoce sobre preservação da fertilidade”, explica Larissa Antunes, coordenadora do aconselhamento genético do laboratório Igenomix do Vitrolife Group.
A Igenomix, laboratório especializado em saúde reprodutiva e medicina personalizada, tem por meio do aconselhamento genético apoiado pacientes com doenças crônicas, como a esclerose múltipla, a manterem a autonomia sobre suas escolhas reprodutivas. A criopreservação de óvulos, espermatozoides e embriões antes do início de terapias agressivas é uma estratégia importante — tanto para garantir a possibilidade de gestação futura quanto para permitir que o paciente tenha tempo para estabilizar o quadro clínico antes de iniciar um tratamento de fertilidade.
“Estamos vivenciando uma mudança de paradigma em que a fertilidade precisa ser compreendida como parte do cuidado integral em doenças autoimunes. Não basta controlar os surtos neurológicos; é preciso olhar para o futuro desses pacientes, considerando suas perspectivas de vida, família e bem-estar. E isso inclui oferecer caminhos seguros e viáveis para a reprodução humana, com o apoio das melhores práticas clínicas e laboratoriais”, reforça Larissa.
Além da criopreservação, ferramentas complementares como o aconselhamento reprodutivo individualizado e a até mesmo exames genéticos para o casal recursos valiosos no contexto da EM, ampliando a segurança dos tratamentos e contribuindo para uma gestação mais planejada.
Diante da complexidade da esclerose múltipla e de seus impactos sobre a saúde reprodutiva, torna-se fundamental incluir o aconselhamento e o planejamento familiar nas etapas iniciais do cuidado médico. Não há testes genéticos específicos para a esclerose múltipla, porém, a Igenomix pode fornecer informações para que os pacientes tomem decisões informadas.
VAMOS FALAR SOBRE ESCLEROSE MÚLTIPLA - Este é o Mês de Conscientização da Esclerose Múltipla, em especial a data de 30 de maio - que marca o dia mundial de conscientização, com a disseminação de informações sobre a doença, seus impactos e os avanços nas formas de diagnóstico e tratamento. O objetivo é incentivar o diagnóstico precoce e o cuidado multidisciplinar, fundamentais para a qualidade de vida das pessoas com EM.
Embora a esclerose múltipla não tenha um padrão hereditário clássico, alguns fatores genéticos podem aumentar a suscetibilidade à doença. Isso significa que algumas pessoas carregam variantes em determinados genes que as tornam mais vulneráveis ao desenvolvimento da EM. No entanto, essa predisposição genética, por si só, não é suficiente: é a interação com elementos ambientais — como infecções virais, tabagismo, deficiência de vitamina D e até a latitude geográfica — que pode atuar como gatilho para o início da doença. Nesse contexto, a análise de variantes genéticas relacionadas à resposta imunológica e ao metabolismo de fármacos pode auxiliar na escolha do tratamento mais adequado para cada paciente.
A integração entre neurologistas, especialistas em fertilidade e laboratórios de apoio diagnóstico permite decisões mais seguras e alinhadas com os objetivos reprodutivos dos pacientes, especialmente diante de terapias que podem comprometer a função gonadal ou demandar intervenções antecipadas.
SAIBA MAIS SOBRE A EM
- 2,8 milhões de pessoas vivem com Esclerose Múltipla em todo o mundo. Isso equivale a 1 em 3.000 pessoas no mundo. Em países com a prevalência mais alta, até 1 em cada 300 pessoas têm EM.
- A cada 5 minutos alguém, em algum lugar do mundo, é diagnosticado com EM.
- Mais mulheres do que homens têm EM – há pelo menos o dobro de mulheres (69%) do que homens (31%) vivendo com EM, sugerindo um papel dos hormônios no processo da doença.
- O diagnóstico geralmente ocorre entre 20 e 40 anos de idade, embora o início possa ocorrer em qualquer fase da vida.
- Afeta crianças e adultos, com pelo menos 30 mil pessoas menores de 18 anos vivendo com EM.
- As Américas respondem pela segunda maior prevalência de EM no mundo, com 112 casos para cada 100 mil pessoas, atrás apenas da Europa (133 para cada 100 mil).
- Atualmente, não há cura, mas existem tratamentos disponíveis que podem modificar o curso da doença.
- Há uma ampla gama de sintomas, sendo a fadiga um dos mais comuns. Muitos sintomas da EM podem ser controlados ou tratados com sucesso.
- Não é contagiosa, nem infecciosa.
- Acredita-se que seja causada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
- Não é diretamente hereditária, porém, o risco de desenvolver EM é maior em parentes de uma pessoa com a doença do que na população em geral.
- Embora seja encontrada em todas as partes do mundo, sua prevalência varia muito, sendo mais alta na América do Norte e na Europa, e mais baixa na África Subsaariana e no Leste Asiático. É mais comum em países mais distantes do Equador.
- Doença mais comum do sistema nervoso central em adultos jovens.
Referências bibliográficas:
- Multiple Sclerosis International Federation. Atlas of MS – 3rd edition. Disponível em: https://www.msif.org/about-ms/
what-is-ms/ - Harbo HF, Gold R, Tintoré M. Sex and gender issues in multiple sclerosis. Ther Adv Neurol Disord. 2013;6(4):237-248.
- Dörr J, Bitsch A. Pregnancy-related issues in women with multiple sclerosis: an update. Ther Adv Neurol Disord. 2021;14:17562864211015355.
- Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM).Atlas da EM 3ª edição PARTE 1: Mapeando a Esclerose Múltipla pelo Mundo, principais descobertas epidemiológicas. Disponível em https://www.abem.org.br/wp-
content/uploads/2020/09/ AtlasOfMS_3rdEdition_ traduzido.pdf
Sobre o Igenomix – A Igenomix é um laboratório de biotecnologia que ajuda no sucesso dos tratamentos de Reprodução Assistida, diagnóstico e prevenção de Doenças Genéticas parte do Vitrolife Group. Juntamente com clínicas e médicos em todo o mundo, investiga como a medicina de precisão, por meio da genômica, pode salvar vidas. Atuante em mais de 80 países, conta com 20 laboratórios genéticos. Com mais de 500 publicações científicas e seis patentes, é um importante produtor de ciência em saúde reprodutiva e genética.
Sobre o Vitrolife Group – Vitrolife Group é um fornecedor global líder mundial de dispositivos médicos e serviços de testes genéticos. Atua no mercado de saúde reprodutiva desde 1994, e em 2021, adquiriu o Igenomix, com o objetivo de apoiar clientes e pacientes em todo o mundo para melhorar os resultados reprodutivos.
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