Conectado por

Saúde

Qual a diferença de climatério e menopausa?


Compartilhe:

Publicado por

em

Confundir menopausa com climatério é muito comum. Afinal, são dois termos parecidos, que se referem à mesma fase da vida da mulher, mas servem para designar momentos diferentes desse mesmo processo.

P U B L I C I D A D E

Se você tem 40 anos ou mais, saiba que você pode estar entrando ou já entrou no climatério, período que marca a transição da fase reprodutiva para a não reprodutiva da mulher. O climatério envolve mudanças fisiológicas, psicológicas e sociais, mas que pode ser vivida com tranquilidade com cuidados especiais.

“O climatério pode começar por volta dos 35-40 anos e se estender até a menopausa, ou seja, até a última menstruação da mulher, que fecha esse período. A confirmação ocorre se a mulher ficar 12 meses ininterruptos sem menstruar”, explica o ginecologista Dr. Edvaldo Cavalcante.

Diferença

A menopausa é a última menstruação, que geralmente ocorre por volta dos 50 anos. Com a chegada da menopausa, a mulher já não pode mais engravidar de forma natural – é o fim de seu tempo reprodutivo.

Já o climatério é o conjunto de sintomas que surgem antes e depois da menopausa, causados, principalmente, pelas variações hormonais típicas desse período, e que podem ocasionar uma série de flutuações no ciclo menstrual.

Que idade ocorre a menopausa?

Apesar de ser mais comum perto dos 50 anos, é normal que a menopausa ocorra um pouco mais cedo, aos 40. Antes disso, diz o médico, é precoce. E quando ela ocorre bem depois dos 50 anos, é considerada tardia.

Veja agora os principais efeitos do climatério e como lidar com eles:

1-Fogachos: O fogacho é um problema vasomotor associado à queda do nível de estrogênio. A mulher pode sentir uma sensação repentina de calor no rosto e na parte de cima do tórax que se espalha pelo corpo. Há intensa transpiração e a pele pode ficar mais avermelhada devido à dilatação dos vasos. Em seguida, cerca de dois a quatro minutos, há uma queda rápida da temperatura, com sensação de frio ou de calafrios. Isso pode ocorrer várias vezes ao dia e durante a noite, o que pode causar insônia e afetar a qualidade de vida da mulher.

Outras condições médicas, como doenças da tireoide, infecção, ou (raramente) câncer também produzem fogachos. Além disso, o uso de medicamentos como tamoxifeno para câncer, raloxifeno para osteoporose e alguns antidepressivos podem causar fogachos.

Os fogachos geralmente aumentam com o estresse e podem estar associados a ansiedade e palpitações (batimentos cardíacos acelerados). A sensação inquietante que antecede um fogacho pode parecer um “ataque de pânico” em algumas mulheres.

Como lidar: A terapia de reposição hormonal (TRH) é o tratamento mais efetivo para gerenciar os fogachos. Entretanto, nem todas as mulheres tem indicação para repor hormônios. Assim, para aquelas que não podem, recomenda-se praticar atividades físicas, técnicas de relaxamento, adotar uma dieta balanceada e procurar manter o corpo fresco durante o dia e enquanto dorme.

2- Osteoporose: A redução dos níveis de estrogênio leva à perda da massa óssea. Com isso, uma em cada três mulheres irá desenvolver a osteoporose, principalmente na menopausa ou na pós-menopausa. O principal problema ligado à osteoporose são as fraturas e suas consequências, como incapacidade e mortalidade.

Como lidar: A prática de atividade física é uma das melhores maneiras de prevenir e de tratar a osteoporose. Os exercícios devem visar ao aumento da força muscular, da estabilidade, do equilíbrio e da mobilidade. Pilates, por exemplo, é bastante recomendado. A terapia de reposição hormonal também pode ser feita e há outros medicamentos específicos para tratar a osteoporose.

3- Vida Sexual: O estrogênio é responsável pela lubrificação vaginal. Portanto, a diminuição dos níveis do hormônio leva ao ressecamento vaginal. Como consequência, a mulher pode apresentar dor durante a relação sexual (dispareunia). O desejo sexual pode diminuir e pode ser preciso mais tempo nas preliminares para levar à excitação.

Como lidar: O ressecamento vaginal é facilmente tratável. O médico pode prescrever hormônios de uso tópico que melhoram a secura vaginal. Além disso, a mulher pode usar gel lubrificante durante as relações e um hidratante vaginal para manter a vagina úmida de maneira prolongada. A queda da libido pode melhorar com a reposição hormonal.

4- Depressão: Ao longo dos anos, estudos mostraram que há uma relação entre a menopausa e o aumento dos sintomas depressivos. Mulheres que apresentam sintomas mais severos no climatério/pós-menopausa, principalmente os fogachos, insônia e aquelas que têm histórico de depressão, correm mais risco de apresentar o transtorno.

Como lidar: Buscar apoio psicoterápico e acompanhamento com um psiquiatra são estratégias importantes para lidar com a depressão. Além disso, atividade física, sono adequado e técnicas de relaxamento podem contribuir para prevenir ou para tratar a depressão. A terapia de reposição hormonal também pode ajudar a combater os efeitos do climatério no cérebro, como a depressão e o declínio cognitivo.

5- Aumento do risco cardiovascular: As principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo são o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC). São as chamadas doenças cardiovasculares, cuja prevalência é maior nas mulheres na pós-menopausa ou naquelas com 55 anos ou mais.

Como lidar: A adoção de hábitos saudáveis é essencial. Manter o peso, praticar atividade física, comer de forma saudável, parar de fumar, beber com moderação, gerenciar o estresse, manter os níveis de colesterol adequados e cuidar da pressão arterial são as principais medidas que podem ser adotadas para prevenir as doenças cardiovasculares. O estrogênio pode atuar como fator de proteção contra as doenças cardiovasculares em mulheres saudáveis, principalmente quando iniciada logo na transição menopausal.

Fonte: Noticias ao Minuto.

Nossa webrádio parceira: dj90.com.br