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Evento tecnológico Hackacity é realizado em Rondônia com mais de 100 participantes


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Hackacity acontece em Porto Velho neste fim de semana (Foto: Pedro Bentes/ G1)

P U B L I C I D A D E

Porto Velho será “hackeada” durante este fim de semana. O Hackacity, que acontece pela primeira vez na Região Norte do Brasil, chega à capital de Rondônia propondo o conceito de “cidade inteligente”. O evento acontece no Instituto Federal de Rondônia (Ifro) e desafia as mentes de 110 pessoas apaixonadas por tecnologia a pensarem em aplicativos que melhorem a vida dos cidadãos.

“O conceito original de cidade é que tem um governo que arruma as coisas. Só que o Hackacity propõe hackear a cidade (manipular os dados para o bem), colocando o cidadão como ponto de resolução dos próprios problemas”, descreve Heygler de Paula, gestor nacional da Start-Up Brasil, uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Grupo pretende criar aplicativo para auxiliar a melhorar a pavimentação da cidade (Foto: Pedro Bentes/ G1)

Grupo pretende criar aplicativo para auxiliar a melhorar a pavimentação da cidade (Foto: Pedro Bentes/ G1)

Longe da imagem estereotipada do hacker encapuzado, mascarado em frente a tela de um computador em um quarto escuro, o Hackacity acontece em uma sala bem iluminada e espaçosa do Ifro, onde 110 pessoas, em sua maioria jovens, se dedicam 24 horas ininterruptas para pensar em aplicativos que tornem os serviços urbanos mais eficientes.

“O database (base de dados) é considerado o petróleo 2.0 nos dias de hoje. As prefeituras devem entender que a posse desses dados é muito valiosa. Hoje fornecemos dados de graça a vários sites e redes sociais, logo, acredito que a revolução que está por vir é onde cada cidadão seja empoderado da posse de seus dados e seja remunerado por isso, não necessariamente por dinheiro, mas por serviços eficientes que a cidade pode oferecer”, afirma o participante Gabriel Richard, empreendedor aos 24 anos no ramo de distribuição.

Grupos se concentram para utilizar dados no desenvolvimento de aplicativos (Foto: Pedro Bentes/ G1)

Grupos se concentram para utilizar dados no desenvolvimento de aplicativos (Foto: Pedro Bentes/ G1)

Para atender a proposta do evento, os participantes recordam dos males diários dos serviços públicos e procuram soluções inteligentes para solucioná-los, através do aproveitamento de dados. Como é o caso da acadêmica de Ciências da Computação, Isadora Damázio, de 18 anos, insatisfeita com as longas filas para atendimentos médicos em unidades de saúde de Porto Velho.

“Com a plataforma desenvolvida por nós, o paciente poderia saber quantos e quais médicos especializados estariam disponíveis naquela unidade antes de sair de casa, assim evitando longas filas e transtornos aos profissionais de saúde e ao paciente”, descreve a acadêmica.

Para outros, o evento é uma oportunidade para desenvolver uma aplicação que solucione problemas já tradicionais de Porto Velho, a exemplo do advogado André Voidelo que explica brevemente sua ideia de aplicativo para melhorias na pavimentação.

“Nossa cidade é cheia de buracos. A ideia de nosso aplicativo é permitir que o morador fotografe e envie informações sobre o dano a órgãos competentes. Como o poder público também teria acesso à aplicação, ele alteraria o status daquela região, através de um padrão de cores que indicaria se obras de recuperação estariam sendo feitas ou não. Logo, um mapa limpo indicaria a ausência de buracos naquela região”, explica o participante de 24 anos.

A administradora de empresas Fabiana reuniu uma equipe para também participar do Hackacity (Foto: Pedro Bentes/ G1)

A administradora de empresas Fabiana reuniu uma equipe para também participar do Hackacity (Foto: Pedro Bentes/ G1)

Para alguns participantes, o evento proporciona uma nova forma de ver e aproveitar os dados disponíveis pelo poder público.

“Para que todas essas ideias de aplicativos possam se tornar realidade, é necessário o desenvolvimento de bases de comunicação em pontos distintos da cidade. Não dá para pensar em uma ‘cidade inteligente’ sem pensar em uma logística que favoreça a distribuição e interação de informações, utilizando a própria internet pública, seja por rádio ou fibra óptica”, pensa Fabiana Moura, de 33 anos, e administradora de empresas.

Evento acontece no Ifro de Porto Velho (Foto: Pedro Bentes/ G1)

Evento acontece no Ifro de Porto Velho (Foto: Pedro Bentes/ G1)

O evento

O Hackacity nasceu na cidade de Porto, norte de Portugal, em 2015, quando uma empresa tecnológica de informação e comunicação, em conjunto com a câmara municipal da cidade, decidiram reunir a comunidade para criar soluções inteligentes que melhorassem os serviços públicos da região.

A iniciativa acabou envolvendo mais cidades, chegando até Olinda (PE), Santander, na Espanha e na cidade holandesa de Utrecht. O evento está em sua 6ª edição no Brasil e chega pela primeira vez à Região Norte do Brasil.

Jovens buscam soluções tecnológicas para problemas do cotidiano (Foto: Pedro Bentes/ G1)

Jovens buscam soluções tecnológicas para problemas do cotidiano (Foto: Pedro Bentes/ G1)

A competição teve início na última sexta-feira (13) e terminará na manhã do próximo domingo (15), no campus do Ifro da Calama, em Porto Velho, onde três equipes terão seus aplicativos campeões.

Os vencedores ganham uma visita ao Porto Digital, localizado no parque tecnológico de Recife (PE).

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