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Dentistas voluntários de SP montam consultórios em barco para atender indígenas e ribeirinhos em RO


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Um grupo de dentistas de São Paulo montou vários consultórios dentro de um barco para atender comunidades indígenas e ribeirinhas isoladas em Rondônia, tudo de forma voluntária. Esta é a primeira vez que a grande estrutura foi montada em um barco. Seis alas odontológicas foram montadas com equipamentos super modernos.

P U B L I C I D A D E

A equipe é formada por 40 profissionais especializados, que, até o final de julho, deixam os consultórios e outras atividades em São Paulo para cuidar de outros sorrisos a mais de 3 mil quilômetros de distância.

Grupo de dentistas paulistas atende moradores de comunidades ribeirinhas do Amazonas

Grupo de dentistas paulistas atende moradores de comunidades ribeirinhas do Amazonas

A falta do dente da frente, para o professor José Oro Nao, sempre foi considerado um problema. Além da estética, a falta do dente dificultava na dicção durante as aulas.

“Às vezes você fala a palavra errada. Com o dente não sai muito o ar. Agora ficou legal, gostei”, disse.

José Oro Nao, professor indígena, foi um dos atendidos (Foto: Reprodução/ Rede Amazônica )

José Oro Nao, professor indígena, foi um dos atendidos (Foto: Reprodução/ Rede Amazônica )

Já a Aldeneide Oro Nao se emocionou quando olhou no espelho após o tratamento. “Parabéns pra vocês que vieram fazer o trabalho aqui conosco, muito obrigada. Agradeço a vocês”, comentou

Um dos equipamentos usados no atendimento foi doado por uma empresa alemã. Com o aparelho, os profissionais escaneiam a boca do paciente e, após isso, a arcada dentária em 3D surge no computador. Segundo o grupo, em 10 minutos o dente de porcelana já está pronto.

Quando se trata das crianças o trabalho fica mais difícil. A maioria nunca foi a um dentista, segundo o grupo de voluntários. Um dos atendimentos resultou na extração de quatro dentes de leite de uma bebê de apenas um ano.

A maioria das crianças nas aldeias nunca foram ao dentista (Foto: Reprodução/ Rede Amazônica )

A maioria das crianças nas aldeias nunca foram ao dentista (Foto: Reprodução/ Rede Amazônica )

A dentista Maria Barreto Lima, uma das voluntárias, garante que fazer parte da causa gera muita felicidade, mas, ao mesmo tempo, um sentimento de revolta vem com a situação atual do país.

Projeto

Os Doutores sem Fronteira surgiram em 2014, durante a cheia histórica do Rio Madeira, em Porto Velho.

O doutor Caio Machado, que conheceu as comunidades indígenas e ribeirinhas quando era estudante de odontologia, se juntou com outros dois profissionais para ajudar as comunidades durante a cheia. Ao se apaixonarem pela causa, fundaram a Organização Não Governamental (ONG).

Atualmente 120 profissionais voluntários fazem parte da causa. “Eu acredito que nós, como profissionais da saúde, temos o dever a obrigação de ajudar. A odontologia foi criada pra salvar, pra curar. Em atuação como esta, nós descobrimos o verdadeiro valor da nossa profissão”, afirma Caio, presidente da Associação Doutores sem Fronteira.

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