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Direto de Brasília

Ao deixar o Senado, Cristovam Buarque diz que continuará lutando por educação de qualidade


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Após 16 anos no Senado, Cristovam Buarque (PPS-DF) fez nesta quinta-feira (20) seu último pronunciamento da tribuna do Plenário. Aos 74 anos, o parlamentar, que não conseguiu a reeleição para um terceiro mandato nas eleições de outubro, afirmou que continuará lutando por um Brasil democrático, menos desigual e que garanta educação de qualidade para todos.

P U B L I C I D A D E

Cristovam disse não ter pretensões de concorrer a outro cargo eletivo, mas que vai buscar ocupar outros espaços para defender suas ideias.

— Quem olha para o futuro não se despede. Eu já fazia essa luta antes de chegar aqui, eu fiz essa luta aqui e vou fazer essa luta depois. A luta por um Brasil melhor – disse.

Na avaliação de Cristovam, o país precisa de um projeto de desenvolvimento sustentável e com justiça social, que dê atenção à economia, à preservação do meio-ambiente e garanta que nenhum brasileiro passe fome. Para ele, não basta ter democracia política se parte da população não tem acesso a saneamento básico, saúde, escola, cultura e cidades decentes.

— Eu não estou falando que todos vão ser ricos. Não estou falando que todos vão ser iguais. Isso eu não tenho na minha bandeira. Eu quero é que todos estejam acima de uma linha de pobreza – afirmou.

Educação de excelência

O senador defendeu ainda o respeito a todas as religiões e grupos sociais e reiterou que o caminho para o país avançar passa necessariamente por investimentos em educação de excelência para todos. Ele destacou a federalização da educação como forma de garantir igualdade de oportunidades, aumentar a produtividade e desenvolver talentos.

— A minha ideia é pegar o sistema que está aí e ir substituindo por outro. É pegar esse que está aí, raquítico, municipal, e ir substituindo por um federal, ao longo de 20, 30 ou talvez mais anos. Esse é o único caminho para se acabar com a pobreza – explicou.

Cristovam disse que deixa o Senado com uma mistura de satisfação e frustração:

— Esse é um verbo que eu gosto de usar: tentei. Talvez um dia, lá na minha tumba, estará escrito: “Esse cara tentou”. Dificilmente vão dizer: “Ele conseguiu”. Eu tentei. Eu cumpri a minha função e usufruí, de certa forma, cada minuto, inclusive este último em que eu concluo dizendo: continuarei – finalizou.

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