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Análise da água aponta altos valores de bactérias no Rio Cuiabá e qualidade piora


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O Relatório de Monitoramento da Água Superficial elaborado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) aponta que a qualidade da água do Rio Cuiabá tem estado muito aquém do desejado. A análise mostrou altos valores de bactérias, como coliformes totais, E. Coli e também alta condutividade elétrica. O Rio Vermelho, em Rondonópolis (215 quilômetros de Cuiabá) é outro que não teve bom resultado.

“O Rio Cuiabá tem apresentado altos valores de coliformes totais, E. coli e condutividade elétrica. Os gráficos mostraram ainda que as estações do Rio Cuiabá dentro do perímetro urbano de Cuiabá e Várzea Grande (especialmente as estações Barbado e São Gonçalo Beira Rio) estão sob forte influência da mancha urbana, e por isso, tem apresentado sistematicamente padrões de qualidade de água ruins. Os resultados encontrados demonstraram uma piora na qualidade da água do Rio Cuiabá”, diz trecho do documento.
 
O relatório também expõe a situação do Rio Coxipó, que tem altos níveis de nitrogênio total, fósforo total, coliformes totais e E. coli. Os resultados demonstraram ainda que dentro do perímetro urbano de Cuiabá, o Rio Coxipó também apresentou padrão de qualidade de água inferior ao padrão observado à montante do município da Capital.
 
Essa estação foi classificada como ruim em vários meses durante o período estudado, devido principalmente aos altos valores de E. coli e fósforo total.
 
Em geral, os resultados obtidos apontaram uma piora gradativa nos padrões de qualidade da água nos rios desta bacia, especialmente no Rio Cuiabá. Este, conforme o relatório é um “problema emergente, que pode comprometer os usos múltiplos da água nessas estações, principalmente a pesca, o lazer e o abastecimento público”.
 
A região hidrográfica do Paraguai, monitorada em 36 estações, o relatório apontou um predomínio de ocorrências regulares, apresentando alta densidade de Escherichia coli, alta concentração de fósforo, turbidez e baixos valores de pH e oxigênio dissolvido. Tais índices revelam que a deterioração das águas da região, que teve 10 ocorrências classificadas como ruim no período, é ocasionada principalmente pela forte influência das áreas urbanas por conta do lançamento de esgoto não tratado e destinação inadequada dos resíduos sólidos.
 
O documento recomenda ações de intervenção sejam planejadas e executadas para solucionar o problema emergente, que pode comprometer os usos múltiplos da água e a saúde da população.
 
A pasta afirma que vem atuando no fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas (CBH’s), para que a população participe da gestão dos recursos hídricos, tendo mais poder para solicitar aos gestores municipais mais atenção para a importância do saneamento ambiental. “Por meio do Procomitês, estamos fazendo um investimento de três milhões de reais nesses entes que promovem a aproximação dos anseios da população com o poder público”, finaliza. Além disso, o Governo de Mato Grosso encaminhou para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) a revisão da Política Estadual de Recursos Hídricos (PERH) que confere poder deliberativo aos CBH’s.
 
Recentemente, o Estado entregou a 101 municípios Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB), o investimento de mais de R$ 11 milhões, foi feito por meio da Secretaria de Cidades (Secid) em parceria com a Fundação (Funasa) e Universidade Federal de Mato Grosso. Dessa forma, 100% dos municípios de Mato Grosso possuem PMSB e podem acessar recursos para implantação dos projetos.
 
A Sema possui a maior rede hidrológica e a série histórica mais antiga da Amazônia Legal. Em maio deste ano, a rede passou de 81 para 97 pontos e a meta é expandir para 150 estações de monitoramento em 2021. “A nossa parceria com a Agência Nacional das Águas (ANA) é fundamental para que possamos seguir monitoramento a qualidade ambiental dos nossos rios. São mais de R$ 2 milhões em investimentos para a expansão da rede”, destaca o superintendente de Recursos Hídricos, Murilo Covezzi.

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